O acordeonista Marcelo Cigano, um dos mais conhecidos músicos do jazz manouche brasileiro, vai lançar, no dia 1º de fevereiro, sexta-feira, no Jazz nos Fundos (Rua Cardeal Arcoverde, 742, Pinheiros, São Paulo), seu disco "Riat Romani" - "Noite Cigana", no dialeto romani. O show, que começa às 22 horas, apresenta uma parceria inédita no país: uma banda de "gadjos" (não ciganos, em romani) e um músico cigano, fazendo um passeio musical pelos diferentes ritmos da música cigana, desde o jazz manouche (gênero criado pelo guitarrista Django Reinhardt nos anos 30 do século passado), até "kolos" da Sérvia, passando por valsas e a "lautareasca", gênero originário da Romênia.
Marcelo Cigano é, reconhecidamente, um dos maiores virtuoses brasileiros em seu instrumento. Ganhou diversos prêmios de acordeão, como o da Associação dos Acordeonistas do Brasil, em 2008, e o do 4º Festival Roland, em 2010. Ainda naquele ano, participou da 63ª Coupe Mundiale, se apresentando no estande da Roland ao Lado de Ludovic Beier. Desse encontro nasceu uma parceria que resultou em uma série de shows no Teatro Paiol, em Curitiba, em 2014.
Entre shows e gravações, Marcelo já tocou com Joel Nascimento, Isaías Bueno, lsrael Bueno, Arismar do Espírito Santo, Guello, Oswaldinho do Acordeon, Ludovic Beier, Hermeto Pascoal, Thiago Espírito Santo, Lea Freire, Toninho Ferragutti, Nailor Proveta, François de Lima, Fábio Torres, Edu Ribeiro, Arthur Bonilla, Spok Frevo Orquestra, Robin Nolan, Paul Mehling, Jon Larsen, Tcha-Badjo, Fabio Peron, Fernando César, Luciano Magno, Bruno Migotto, Aquiles Moraes, Rui Alvim, Eduardo Neves, Marcio Bahia, Itiberê Zwarg, Ajuriña Zwarg, Vinicius Dorin, Rudolfo Bado, Dario Napoli, Walter Coronda e Eva Sur Seine, entre outros.
Vinícius Araújo, Djon Theo, Lucas Miranda, Wagner Bernet e Matheus Azevedo.
Atualmente, Marcelo prepara o repertório de seu terceiro disco. Entre as músicas que vão compô-lo estão "Pra Nós 2", de Hermeto Pascoal, e "El Cigano", de Ludovic Beier, ambas compostas em sua homenagem.
No show de lançamento de "Riat Romani", ele será acompanhado pelo Sampa Hot Jazz, formado por Israel Fogaça Jr. (violino), Cris Nunes (violão), George Condomitti (violão) e Franck Oberson (baixo).
Israel Fogaça Jr. é um músico que transita entre o meio erudito e o popular, tocou em várias orquestras e desenvolve o projeto Sampa Hot Jazz, uma homenagem ao Quintett du Hot Club de France, que tornou Django Reinhardt famoso mundialmente.
Cris Nunes atua como músico profissional há mais de 25 anos, tocou com vários artistas, como Pedro Mariano, Cauby Peixoto, Bocato, Izzy Gordon, Arismar do Espírito Santo, Nailor Proveta, Cuca Teixeira, Jamily e Silvinha Araújo, entre outros. Hoje, além de atuar como músico, se dedica ao trabalho de produtor/arranjador.
George Condomitti, admirador do estilo de Django Reinhardt, começou a tocar jazz manouche em 2008, o lado de Fernando Chuí e Guappo Sauerbeck nos projetos Samblues e Mambo Django, e com quem formou, em 2014, o grupo Alma Nouche.
Franck Oberson nasceu em Paris, começou os seus estudos musicais aos 14 anos no Conservatório de Montreuil tendo ido depois estudar no Conservatório de Paris. Participou de vários eventos e festivais com artistas internacionais. Chegou no Brasil em 1997 e continuou a tocar com alguns artistas renomados como Chico Pinheiro, Antonio Valdetaro e Dominguinhos.
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