Poeta aposta nos "coffee table books"


Com uma categoria dedicada para eles em diversos veículos de comunicação mundiais, bem como em sites de comércio como a Amazon, os Coffee Table Books ganham destaque não apenas para a área de decoração, elevando o status da literatura para uma obra de arte, que deve estar à vista para todos e que mescla conteúdo com visual.

O estilo ainda é pouco conhecido no Brasil, mesmo que os relatos iniciais de livros neste estilo venham desde 1581, e ao menos desde o século 19 a Europa já o utiliza para identificar títulos que se encaixem na descrição: obras com muitas imagens, páginas coloridas, textos curtos e que complementem as fotos.

Adentrando na categoria, Mauro Felippe quebra os paradigmas do tradicional mercado editorial brasileiro. Inovando em estilo, gênero e capa, o poeta interiorano do Estado de Santa Catarina busca nas cores e versos provocar e incitar o leitor a uma imersão sobre a vida, crescimento, sentimentos e sensações.

Suas obras, definidas como coffee table books, são policromáticas, abrangendo a mais variada cartela de cores. Com capa dura, as publicações poéticas somam quatro exemplares, com a quinta ainda por vir. Os poemas, que não simplesmente revelam situações cotidianas, mas pensamentos resilientes do âmago das pessoas, situam com os sentimentos dos leitores e externalizam os mesmos em palavras, frases e rimas ricamente colocadas por Mauro.

As obras

Espectros

Mais uma vez, Mauro Felippe, com sua veia artística, mostra suas impressões sobre a realidade existente de maneira reflexiva, poética, critica e existencialista, dando oportunidades ao leitor a participar dessa viagem literária nesse universo de múltiplos coloridos. É um guia de um mundo constatado na mente do autor Mauro que, conforme se vai lendo, vai-se fazendo parte do próprio mundo de quem o lê. Os leitores se identificam. A empatia é a agradável consequência de “Espectros”.

Humanos

Humanos trata de temas diversos para todos os gostos. Não deixam tais de terem sentidos próprios, independentes, educadores e provocadores. Falar dos humanos e de todos os seus atos em versos ritmados é tarefa quase que impossível, pois ao término de um, outro tema mais profundo há de chegar. Mas é tempo de destacar: não necessariamente esse livro trata especifica e exclusivamente dos humanos, da espécie humana. "Tornar-se-ia se assim o fosse, ao meu ver, monótono. Descrevi sentimentos e críticas construtivas em torno dos atos e de tudo que envolve a espécie humana, alguns de seus comportamentos e de sua capacidade de autodestruição. Sim, autodestruição. A única espécie que se autodestrói, sem pudor", diz Mauro.

Ócio

Mauro Felippe se afasta da forma tradicional de contar os sentimentos humanos. Cria sua própria forma de colocar esses temas universais. Avizinha-se até do concretismo para provocar agudeza de observação, mas sem nunca aceitar a tragédia, onde um bravo luta e luta mas nunca vence até que exaurido cai exausto, sem força e sem vida, vencido pelo destino cruel de ser humano.

Nove

Mauro Felippe começou a escrever cedo, com 16 anos, em uma fase de conflitos adolescentes que despertaram nele o desejo de compreender o comportamento humano e suas relações interpessoais. Após 21 anos de experiência no intermédio dos mais diversos conflitos, como advogado, Felippe sentiu que era hora de resgatar sua poesia, voltar a deixar o pensamento correr solto, ir além. Do caderno da adolescência resgatou algumas reflexões, mas a maior parte diz respeito a sua fase madura. Em 400 páginas, com cerca de 200 poemas e crônicas, além de belíssimas ilustrações, o autor nos revela seu modo peculiar de interpretar o cotidiano, num jogo de palavras sagaz, penetrante, mas sempre sensível. Página após página, é possível perceber a efervescência de ideias de uma mente inquieta, detalhista, de quem não se contenta apenas em passar pela vida, quer deixar a sua marca. Uma obra critica, mas que pretende ser construtiva e ajudar o leitor a descortinar receios, dilemas e conflitos do dia a dia. 
 
O autor

Natural de Urussanga/SC, o advogado Mauro Felippe já chegou a cursar engenharia de alimentos antes de se decidir pela carreira em Direito. Autor das coletâneas poéticas Nove, Humanos, Espectros e Ócio, já preencheu diversos cadernos em sua infância e adolescência com textos e versos, dos simples aos elaborados. As temáticas de suas obras são extraídas de questões existenciais, filosóficas e psicológicas que compreende no dia a dia, sendo que algumas advém dos longos anos da advocacia, atendendo a muitas espécies de conflitos e traumas. Por fim, pretende com a literatura viver dignamente e deixar uma marca positiva no mundo, uma prova inequívoca de sua existência como autor. Participante assíduo de feiras literárias, já esteve como expositor na Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2016 e Bienal Internacional do Livro do Rio 2017.

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