Incrível, inacreditável: para Meirelles, juro mais alto é juro mais baixo!


É difícil de acreditar, mas a informação é da Agência Brasil, porta-voz oficial do governo golpista.

A gente lê e não acredita - como é que pode um ministro de Estado dizer uma bobagem dessas e ninguém da imprensa contestá-lo?

O alegre ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, espanca a lógica com o cinismo característico de quem se julga invulnerável a críticas ou simples objeções.

Para ele, pagar juros maiores significa pagar juros menores!!!

Vai abaixo o trecho da notícia. É ler para crer:


"Segundo Meirelles, a TLP beneficiará toda a economia porque, ao tornar os juros do BNDES mais próximos das taxas de mercado, tornará o crédito mais barato para toda a sociedade. 'A TLP irá diminuir o custo do crédito para todos e não apenas para os devedores do BNDES [que atualmente pagam taxas subsidiadas]', acrescentou.

De acordo com o ministro, a nova taxa aumentará a transparência dos gastos com subsídios e melhorará o poder do Banco Central (BC) de controlar a política monetária (definir a quantidade de dinheiro em circulação na economia). Com isso, ressaltou Meirelles, o Banco Central poderá cortar os juros mais rápido.

'Com a TLP, os subsídios do crédito passam a constar no orçamento, com maior transparência e equidade na definição de políticas públicas. A TLP vai ajudar a reduzir as taxas de juros, aumentando a eficiência da política monetária no controle da inflação', concluiu o ministro.

Aprovada no início da tarde desta quarta-feira (23) na comissão mista que discute o tema, a MP 777 institui uma taxa que substituirá a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Em vez de ser fixada a cada três meses pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a TLP será definida com base na inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais os rendimentos da NTN-B, título do Tesouro corrigido pela inflação.


Atualmente, o Tesouro Nacional cobre a diferença entre a TJLP, que está em 7% ao ano, e a Selic (juros básicos da economia), hoje em 9,25% ao ano. Ao ser mais próxima da taxa Selic, a futura taxa de juros, que entrará em vigor em 2018, reduzirá os gastos do governo com esse subsídio. A medida provisória pode ser votada ainda hoje (23) pelo plenário da Câmara dos Deputados."

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