Vai ser interessante ver, daqui a algum tempo, quando a legislação trabalhista "modernizada" já estiver em vigor, esse pessoal que odeia os sindicatos e diz que sindicalistas não passam de um bando de vagabundos, negociar aumentos de salários com seus patrões.
Conheci vários desses tipos: os colegas do Sindicato dos Jornalistas chegavam na redação, e eles corriam para o cafezinho ou fingiam trabalhar, fazendo de conta que não prestavam atenção nos informes que eram dados, geralmente sobre as campanhas salariais.
Muitos xingavam abertamente o sindicato.
Daqui para a frente, porém, como diz a letra da famosa canção de Roberto e Erasmo Carlos, tudo vai ser diferente.
Esse povo que acredita piamente na meritocracia terá, finalmente, a oportunidade de convencer seus chefes, e por tabela, seus patrões, que eles merecem ganhar muito mais, porque são competentes, trabalhadores, e extremamente leais - vestem, como se diz, a camisa da empresa.
Agora, o problema todo é como vão fazer isso.
Alguns, mais ousados, talvez consigam chegar até a secretária do chefe e pedir para falar com ele.
Os outros, mais temerosos, mais tímidos, é bem provável que nem isso façam.
Vão, provavelmente, quando muito, reclamar que o salário está baixo, que não se ouve falar em aumento, que tudo está subindo, e que ninguém faz nada para resolver essa situação.
Em compensação ele estará vivendo num país onde, finalmente, há ordem e progresso. (Carlos Motta)
E se o patrão resolver não pagar o salario naquele mês, vai reclamar com quem?
ResponderExcluirIsso vai terminar mal!
Entendo a importância (inquestionável) do sindicato. Mas se o sindicato tiver que convencer o trabalhador a pagar a contribuição voluntariamente, fazendo o trabalhador entender a importância disso e tendo que realmente mostrar trabalho, não seria o sindicato mais fortalecido? Será que o trabalhador brasileiro não merece uma pitada de responsabilidade?
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