A notícia é da insuspeita Reuters e mostra o quanto a crise política, que tem no centro um governo ilegítimo e rejeitado pela quase totalidade da população e uma campanha de criminalização de lideranças partidárias da esquerda, afeta a economia do país:
A confiança do consumidor brasileiro interrompeu uma sequência de três meses de melhora e recuou em abril, diante de um pessimismo relacionado a eventos políticos no país, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas.
Depois de queda de 3,1 pontos, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) foi a 82,2 pontos em abril, com perdas tanto na avaliação sobre a situação atual quanto das expectativas.
"A queda da confiança dos consumidores em abril está relacionada a uma calibragem das expectativas ... em um quadro que pode ser considerado como de pessimismo moderado", disse em nota a coordenadora da pesquisa, Viviane Seda Bittencourt.
Ela explica que as expectativas foram afetadas por fatores políticos, destacando o envolvimento de políticos em escândalos de corrupção.
"Não há como se descartar a possibilidade de que esta calibragem tenha relação com o mau humor provocado pela nova rodada de eventos políticos - como a divulgação da lista de políticos mencionados nas planilhas de controle da Odebrecht, ocorrida em 16 de abril”, completou ela.
O ICC, o Índice de Expectativas (IE) foi o que teve maior recuo, de 4,6 pontos, indo a 91,1 pontos. O Índice da Situação Atual (ISA) teve queda de 0,7 ponto, para 70,8 pontos.
Segundo a FGV, em relação às perspectivas futuras o Indicador de Ímpeto de Compras de Duráveis nos meses seguintes foi o que mais contribuiu para o resultado do ICC. Também apresentaram perdas os índices que medem o otimismo com a economia e com a situação financeira
O recuo da confiança em abril ocorre apesar de a inflação e a taxa de juros continuarem em queda e da liberação do saque das contas inativas do FGTS. Entretanto, "o aumento da incerteza, principalmente no ambiente político parece agir como uma ducha de água fria no sentimento dos consumidores", destacou a FGV.
Consumidor pessimista? Se por acaso essa figura sumida aparecer, ela está é em "estado de choque."
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