Os milagres do Brasil Novo não param: comércio vive onda de otimismo!


A presidenta Dilma acertou na mosca ao dizer que a crise econômica pela qual a responsabilizam foi amplificada com o intuito de minar o seu governo e proporcionar justificativas para a sua deposição.

O empresário brasileiro segue o padrão do povo brasileiro: é burro, na média.

Por ter ódio de classe dos "petralhas", embora nunca tenha lucrado tanto quanto nos seus governos, fez de tudo para disseminar a impressão de que seus negócios estavam indo rapidamente à bancarrota por culpa exclusiva, como ouvi certa vez, do governo "daquela louca".

Esse é um dos motivos pelos quais sempre desconfio de pesquisas, sejam elas de onde vierem: invariavelmente, elas não são baseadas em números auditáveis, comprováveis, mas na simples palavra do entrevistado, que, por sua vez, está liberado para mentir à vontade.

O fato é que agora virão a público, disfarçadas em pesquisas, estudos, levantamentos etc etc, sempre com ares científicos, dezenas e dezenas de notícias dando conta de que bastou o Dr. Mesóclise e seu bando assumirem a condução administrativa da nação para que ela se transforme, num passe de mágica, num paraíso de leite e mel.

Os releases apontando essa incrível mudança de humor, esse milagre da transformação de um país quebrado, sem esperança, num Novo Brasil, não param de chegar.

Um dos exemplos é um distribuído pelos notórios Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Trata-se de uma peça de propaganda, do começo ao fim.

Está aí a sua íntegra para quem quiser conferir a desfaçatez dessa gente:

48% dos comerciantes e prestadores de serviços 
acreditam que o segundo semestre será melhor
para a economia, aponta SPC Brasil e CNDL

84% afastam a possibilidade de demitir funcionários nos próximos meses. Para os empresários, principais condições para que o Brasil volte a crescer é o combate à corrupção, a redução de tributos e o controle da inflação

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com varejistas e prestadores de serviços das 27 capitais e do interior do Brasil mostra que, em geral, o ânimo dos empresários para os próximos meses melhorou na comparação com o começo do ano. O levantamento revela que caiu de 60,2% em abril para 39,5% em agosto o percentual dos empresários que consideram a crise econômica muito grave. Para 47,9%, o segundo semestre será melhor do que o primeiro, enquanto apenas 6,8% acreditam que será pior, bem abaixo 39,5% que pensavam o mesmo no primeiro semestre.

Em meio à crise, algumas medidas foram estão sendo tomadas pelos empresários para se manterem no mercado. A principal delas é a contenção de despesas, adotada por 38,0% - percentual menor que o verificado em abril, quando era de 45,1%. Em segundo e terceiro lugar aparecem a redução dos preços (17,3%) e a demissão de funcionários (10,1%). Já o investimento em propaganda e marketing e a mudança de foco no perfil do cliente aumentaram entre abril e agosto de 2016, respectivamente de 4,8% para 7,7% e de 2,3% para 6,1%.

“É importante ter em vista que a melhora do padrão de gastos pode ser um legado positivo da crise”, explica o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “Mesmo em períodos de bonança, o empresário deve buscar fazer o máximo com o mínimo de recursos, sem que isso prejudique a qualidade daquilo que oferta”. 

“Os dados da pesquisa são consistentes com a discreta melhora dos indicadores de confiança tanto por parte dos consumidores como por parte dos empresários e as expectativas de que a economia inicie a retomada no próximo ano”, afirma. Para Pinheiro, a melhor notícia é que, tendo em vista o cenário de crise na economia, a larga maioria dos entrevistados não pretende demitir funcionários atualmente: 84,1% afastam a possibilidade de reduzir o quadro, contra 8,6% que consideram esta atitude. “A decisão de demitir em razão da crise é algo que o empresário tende a postergar, pois a recontratação posterior é custosa”. 

No entanto, pela sua gravidade, a crise teve fortes impactos nas empresas. De acordo com a pesquisa, 62,9% dos entrevistados tiveram que demitir funcionários no primeiro semestre. Ainda como reflexo das dificuldades econômicas, metade dos entrevistados dizem estar com seu negócio estagnado; 12,9% dizem estar em crise e outros 13,1% no vermelho. Cerca de 20% afirmam estar em crescimento.

Na percepção dos empresários que se dizem afetados pela crise (87,3%), o maior impacto sobre os seus negócios foi a diminuição das vendas (70,0%), com percentual menor que a sondagem para o primeiro semestre (82,7%). Os demais motivos mais citados também tiveram queda na comparação: aumento do pagamento de impostos (33,8% ante 51,0%), e a inadimplência dos clientes (31,8% ante 32,8%).

Combate à corrupção, aumento dos impostos e inflação

Na percepção dos empresários, o maior impacto da crise política sobre a economia foi o aumento do desemprego (65,8%), seguido do aumento dos impostos (50,5%), e a redução das vendas (45,7%). A proporção dos que mencionaram esses dois últimos impactos caiu na comparação entre abril, quando eram de 63,6% e 59,2% respectivamente.

Para que o Brasil volte a crescer, as principais atitudes a serem tomadas na opinião dos empresários são a redução dos impostos (42,7%), o combate à corrupção (42,7%) e o controle da inflação (39,1%). 

O levantamento do SPC Brasil e da CNDL mostrou que o maior temor dos empresários é que o país não saia da crise em 2016. Porém, o percentual caiu em relação ao levantamento de abril, de 41,1% para 33,5%. 

Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, se os ajustes propostos pela equipe econômica do governo não forem aprovados ou postos em prática, a situação ainda pode se agravar. “As projeções dos economistas apontam para uma queda do PIB superior a 3,0% em 2016, com resultado levemente positivo em 2017. Diante disso, é importante para os empresários buscarem opções de crédito mais baratas e estreitar o relacionamento com os clientes como forma de sustentar as vendas do negócio e sobreviver à turbulência”, diz Kawauti. “O PIB pode até voltar a crescer no próximo ano, mas ainda teremos que tratar a questão tributária, a excessiva burocracia e a infraestrutura deficiente”, conclui.

Metodologia

A pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) foi realizada com 822 empresários de todos os portes dos segmentos de comércio e serviços nas 27 capitais e no interior.

Comentários

  1. Golpe Tabajara é isso. O Ministerio da Poliça resolve tudo :" Plano Porrada Neles". No mais é uma lorota atrás da outra. Nós pagamos os impostos e eles dividem a bufunfa.

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