O retrato do golpe: mais 95 mil postos de trabalho fechados

No mês de julho, mais 95 mil vagas do emprego formal, ou seja, com carteira assinada, foram fechadas no país - um número maior que as 92 mil eliminadas em junho. No ano, até julho, 623 mil postos de trabalho foram exterminados. 

Mesmo assim, o ministro do Trabalho, um tal de Ronaldo Nogueira, transborda otimismo: “Estamos perdendo menos vagas e a tendência para os próximos meses é que essa desaceleração continue e possamos gerar vagas no segundo semestre”, afirma no release que mandou distribuir à imprensa.

O que alguém como ele, um deputado evangélico que foi indicado para integrar o governo golpista pelo notório Roberto Jefferson, prevê, porém, tem tanto valor quanto uma nota de 3 reais. Ou seja: como os outros colegas seus de ministério, ele não entende bulhufas nenhuma da área em que caiu de paraquedas.

O fato é que o mercado, essa entidade suprema que financiou o golpe no Brasil, a cada divulgação de um novo índice macroeconômico, mais se arrepende por ter confiado no bando de picaretas que colocou à frente do Executivo.

O Brasil, sob o comando do Dr. Mesóclise e seus escroques amestrados, caminha, inexoravelmente, para um período da mais profunda escuridão.

A íntegra do release é a seguinte: 


Emprego formal continua trajetória de recuo de perda de postos
Em julho, 94.724 vagas foram fechadas, um recuo de 0,24% em relação ao estoque do mês anterior

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho, demonstram que o emprego formal em julho continuou sua trajetória de recuo de perda de postos de trabalho. No mês foram -94.724 postos de trabalho, equivalente ao declínio de 0,24% em relação ao estoque do mês anterior.

A perda foi bem menor que o registrado em julho do ano passado, quando alcançou -157.905 vagas. Em junho, a retração foi de 0,23% (-92.032 vagas) em comparação ao estoque de maio. A queda foi bem menor que junho de 2015, quando houve o fechamento de 111.199 vagas formais.

Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, essa desaceleração demonstra uma recuperação gradual da economia. “Estamos perdendo menos vagas e a tendência para os próximos meses é que essa desaceleração continue e possamos gerar vagas no segundo semestre”, avaliou.

Segundo o Caged, o estoque de emprego para julho é de 39.068.534 trabalhadores com carteira de trabalho assinada. O acumulado do ano registra uma redução de 1,57%, correspondendo à perda de 623.520 postos de trabalho. Nos últimos doze meses, o recuo foi de 1.706.459 postos de trabalho, representando uma variação de negativa de 4,18%, na comparação com os 12 meses anteriores.

Entre os setores da economia, a Agricultura continua gerando postos, registrando no mês um acréscimo de 4.253 vagas formais, um incremento de 0,26% em relação ao mês anterior. A Administração Pública foi outro setor com resultado positivo, registrando a geração de 237 postos de trabalho ou +0,03%.  Houve perda no setor de Serviços (-40.1470 postos ou – 0,24%), na Construção Civil (-27.718 postos ou -1,09%), no Comércio (-16.286 postos ou – 0,18%) e na Indústria de Transformação (-13.298 postos ou -0,18%).

Emprego geográfico  - No recorte geográfico, cinco estados apresentaram incremento no nível de emprego formal, com destaque para Mato Grosso (+2.016 postos ou 0,30%). Os maiores recuos ocorreram  em Minas Gerais (-5.345 postos ou -0,38%), São Paulo (-13.795 postos ou -0,11%) e Rio Grande do Sul (-12.166 postos ou -0,47%).

Comentários

  1. Consciente da futuro trágico que espera o Brasil após o Golpe escreví o texto "Com o Golpe, o Haiti será aqui".

    Programas sociais liqüidados um a um. A mais recente vítima foi o "Brasil Alfabetizado". Os golpistas em sua lógica neoliberal consideram que brasileiros adultos são casos perdidos para a educação básica. Se nem possuidores de diplomas universitários conseguirão emprego no modelo econômico que pretendem implantar no Brasil, para que investir na educação básica de adultos? Para que descubram através dos livros divergentes a causa dos seus problemas? Não é algo que seja conveniente aos ditadores de plantão.

    Depois, a redução do "Bolsa Família" a um "programa-piloto". Tudo de acordo com os ditames dos "clássicos" neoliberais que são os livros de cabeceira dos reacionários que agora mandam no Brasil. Assim ocorrerá com todos os outros programas sociais: redução, privatização ou extinção. Os que ainda permanecerem atenderão a 0,001% dos necessitados. Terão serventia política para serem apresentados em contraponto ao discurso da esquerda nos horários eleitorais gratuitos e assim, amenizarem os remorsos da classe média reacionária que apóia o Golpe e apoiará o novo Regime.

    Na economia, privatização de tudo em negociatas que fariam constranger o próprio Al Capone. Agências "reguladoras" cosméticas foram criadas no período "tucano" no Planalto para "dourar a pílula" da privatização perante o público assustado com os monopólios particulares que foram implantados no setores econômicos então privatizados. Agora, com o discurso de direita mais arraigado na classe média por obra dos "movimentos" financiados pelos NED e pela mídia, também treinada por "think thanks" pagos com US dólar via Instituto Millenium, as tais agências serão abandonadas e o saqueio da população por grandes grupos econômicos em setores como saneamento, saúde e educação será escancarado.

    Perderemos as últimas instituições estratégicas para um projeto nacional brasileiro na economia: a Petrobrás e o BNDES. A primeira será sucateada, fatiada e depois, entregue para petroleiras estrangeiras por preço vil em meio a muitíssima corrupção em benefício dos setores políticos envolvidos na implantação e manutenção do Regime. O segundo deverá perder o "S" da sigla, rotulado de "demagógico" pela direita no Poder. Após o futuro BNDE ser usado para negociatas corruptas no processo de liqüidação do restante do patrimônio público brasileiro, será também vítima da privatização, e a imprensa corrupta e seus bonecos-de-ventriloqüo irão vaticinar que ele "cumpriu a sua missão".

    A população, à exceção de setores médios beneficiários das negociatas privatistas e da expulsão dos pobres do ensino superior, estará crescentemente desempregada, sem acesso universal a qualquer serviço básico e sem qualquer boa perspecitva. As suas "alternativas" de sobrevivência serão a mendicância, entrar no crime (muitas vezes, facções criminosas) ou tentar trabalhar como ambulante. Em todas as "alternativas" citadas, sendo reprimida pela polícia com total apoio da imprensa corruptas e seus apresentadores carniceiros de "telejornais" de fim de tarde.

    Quando acabar o petróleo do Pré-Sal, os princípios ativos da "nossa" biodiversidade estiverem todos patenteados no estrangeiro e o solo esgotado pela agricultura extensiva dos "ruralistas" ficaremos apenas com a impagável conta da hecatombe ambiental causada pelas petroleiras estrangeiras e 240 milhões de haitianos, digo, brasileiros desesperados

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