Tomate, feijão, ovos... Os preços no Brasil Novo são de arrasar!

Um dos pontos principais da propaganda negativa promovida pela imprensa contra o governo Dilma foi a inflação.

O tomate, por exemplo, foi usado como símbolo do descontrole de preços - culpa da Dilma, é claro.

Mas agora ela está afastada do comando dos negócios da nação, que se encontram sob a responsabilidade do firme, probo e competentíssimo dr. Mesóclise.

E o que aconteceu com a inflação?

Bem, o IPCA, o índice oficial, marca, no ano, 4,05%, e em 12 meses, 9,32%.

Ele é apenas um índice, porém.

Inflação é um troço que cada um sente de um jeito, uns mais, outros menos.

Um dos locais mais apropriados para perceber a quantas andam os preços são os supermercados.

Neles, a coisa está feia...

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela associação da categoria em parceria com a Fipe, da USP, apresentou em maio alta de 0,80%. No acumulado de janeiro a maio, houve elevação de 6,15%. E em 12 meses a alta nos preços dos supermercados atingiu 13,39%.

A explicação para o aumento nos preços dos alimentos são os custos de produção, que vêm aumentando ao longo dos meses, e fatores climáticos, segundo os responsáveis pela pesquisa.

Os produtos In Natura registraram alta de 2,60%. As frutas subiram 1,53% e os itens mais caros foram o limão (61,76%) e o maracujá (29,88%). Os tubérculos tiveram um aumento de 14,08% - a batata (27,21%) e a cebola (8,53%) foram as maiores influenciadoras da alta. Em 12 meses, a elevação nos preços dos produtos In Natura atingiu 25,13%.

Os preços dos produtos semielaborados (carnes, leite e cereais) subiram 0,11%. A menor oferta de leite causada pela entressafra, associada às chuvas nos Estados do Sul do país e aos altos custos de produção, principalmente da ração animal, elevaram o preço do produto em 4,51%. Os cereais também foram impactados pela menor oferta de grãos produzidos neste início de ano; o reflexo foi um aumento de 2,09% nos preços. A alta nos produtos semielaborados em 12 meses foi de 9,66%.

Produtos industrializados apresentaram ligeira alta com variação de 0,75%. O preço dos derivados do leite está 1,19% e vem sofrendo reajustes em decorrência da elevação do custo principal matéria prima. O café é outro produto que está com oferta menor no mercado e por isso também teve o preço elevado em 2%. Nos últimos 12 meses a elevação nos preços dos produtos industrializados foi de 12,66%.

As bebidas alcoólicas apresentaram alta de preço de 0,93%, reflexo da elevação do preço do vinho (3,18%) e da cerveja (0,41%). Em 12 meses a alta foi de 14,92%. As bebidas não alcoólicas subiram 0,30%, diante da alta, principalmente, da água mineral (2,74%). Em 12 meses, o aumento nos preços foi de 10,89%.

Os preços dos produtos de limpeza subiram 1,21%, impactados pela alta nos preços do sabão em barra (3%) e do detergente (3,56%). A elevação nos preços dos produtos de limpeza em 12 meses foi de 14,08%.

Os artigos de higiene e beleza apontaram alta de 0,87%. Sabonete (0,58%), creme dental (0,71%) e desodorante (1,64%) foram os itens que mais influenciaram a elevação de preço dessa categoria de produto. Entre maio de 2015 e maio de 2016, os preços dos artigos de higiene e beleza subiram 15,10%.

Os preços de alguns itens assustam.

No Pão de Açúcar (internet), o quilo do tomate está a R$ 7,41; o do pimentão amarelo, R$ 19,28; o do mamão Formosa, R$ 32,62; o do filé mignon, R$ 93,38; e o do feijão carioca, R$ 9,89. Uma caixa com dez ovos grandes custa R$ 10,79.

Óbvio que a culpa da disparada dos preços nos supermercados não é do governo do dr. Mesóclise.

Afinal, ele ainda está tomando pé da situação do país que começou a comandar há pouco mais de um mês.

No futuro, é certo, tudo vai piorar. (Carlos Motta)

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