O golpe segue e joga à luz do dia uma clara demonstração do nosso subdesenvolvimento mental.
Digo nós, brasileiros.
E disso não escapam muitos daqueles que se dizem esclarecidos e bem informados.
Dia após dia, o governo do golpe nos apresenta medidas inspiradas nos cânones econômicos dos anos 80/90, que foram disseminados sob os chapéus do neoliberalismo e do consenso de Washington.
Cânones que levaram o mundo à crise econômica de 2007/2008, da qual a humanidade ainda não conseguiu sair.
E que desembocaram na desilusão dos ingleses que votaram para ficar de fora da União Européia.
O colapso do comunismo real no fim dos anos 80 e a queda do muro de Berlim deixaram o capitalismo sem inimigos, livre, leve e solto para ser comandado pelas lideranças financeiras e multinacionais em todo o mundo.
Com os movimentos de esquerda sem rumo com a morte das utopias de uma sociedade fraterna e justa, o neoliberalismo fez os ricos mais ricos e os pobres mais pobres.
O Estado de bem estar social, que nós brasileiros tanto admiramos na Europa desenvolvida, se transformou em uma ameça sob a ótica neoliberal.
A classe média, aquela que é sempre a mais facilmente manipulada pela propaganda enganosa de um dia se equiparar aos ricos, aos poucos foi vendo seu poder de compra (e de ilusão de felicidade) se desgastar.
E hoje ela é o exemplo vivo do lado vil do "capetalismo" dos últimos 30 anos: o individualismo e o consumismo.
Quando uma sociedade se torna essencialmente individualista e consumista, ela só consegue enxergar o outro como ameaça.
Os ingleses que o digam com o seu voto recente.
Aqui no nosso país, diante da nossa imensa incapacidade cognitiva para ler a realidade, da nossa estúpida arrogância de não aprendermos com nossos erros e com nossa história, do atraso intelectual, ético e histórico de nossas elites, da nossa triste ausência de racionalidade em meio a crenças e preconceitos obscurantistas, assistimos ao governo golpista retomar os cânones que levaram e levam a humanidade à breca.
Já leu "Ensaio sobre a cegueira", do Saramago?
Então... (Mario Rocha, jornalista)
Digo nós, brasileiros.
E disso não escapam muitos daqueles que se dizem esclarecidos e bem informados.
Dia após dia, o governo do golpe nos apresenta medidas inspiradas nos cânones econômicos dos anos 80/90, que foram disseminados sob os chapéus do neoliberalismo e do consenso de Washington.
Cânones que levaram o mundo à crise econômica de 2007/2008, da qual a humanidade ainda não conseguiu sair.
E que desembocaram na desilusão dos ingleses que votaram para ficar de fora da União Européia.
O colapso do comunismo real no fim dos anos 80 e a queda do muro de Berlim deixaram o capitalismo sem inimigos, livre, leve e solto para ser comandado pelas lideranças financeiras e multinacionais em todo o mundo.
Com os movimentos de esquerda sem rumo com a morte das utopias de uma sociedade fraterna e justa, o neoliberalismo fez os ricos mais ricos e os pobres mais pobres.
O Estado de bem estar social, que nós brasileiros tanto admiramos na Europa desenvolvida, se transformou em uma ameça sob a ótica neoliberal.
A classe média, aquela que é sempre a mais facilmente manipulada pela propaganda enganosa de um dia se equiparar aos ricos, aos poucos foi vendo seu poder de compra (e de ilusão de felicidade) se desgastar.
E hoje ela é o exemplo vivo do lado vil do "capetalismo" dos últimos 30 anos: o individualismo e o consumismo.
Quando uma sociedade se torna essencialmente individualista e consumista, ela só consegue enxergar o outro como ameaça.
Os ingleses que o digam com o seu voto recente.
Aqui no nosso país, diante da nossa imensa incapacidade cognitiva para ler a realidade, da nossa estúpida arrogância de não aprendermos com nossos erros e com nossa história, do atraso intelectual, ético e histórico de nossas elites, da nossa triste ausência de racionalidade em meio a crenças e preconceitos obscurantistas, assistimos ao governo golpista retomar os cânones que levaram e levam a humanidade à breca.
Já leu "Ensaio sobre a cegueira", do Saramago?
Então... (Mario Rocha, jornalista)
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