A miséria da nossa representatividade política

A profunda crise política em que o Brasil está mergulhado, além das consequências óbvias para o futuro da nossa democracia, serviu para expor a todos a miséria das instituições que deveriam servir à república e das lideranças em geral.

No caso específico da representação política, então, nem é mais miséria, é um deserto mesmo.

O show de horrores promovido pela Câmara dos Deputados e Senado nas sessões do golpe mostrou o que são os nossos parlamentares sem maquiagem ou truques de marketing.

Fico pensando nos candidatos à Presidência da República - se houver eleições - que temos.

Tire o Lula, no campo da esquerda (é bem provável que ele seja, por algum motivo, impedido de concorrer), e veja quem sobra com reais condições de vencer a disputa e oferecer algo de bom para os brasileiros.

Ciro Gomes, um aventureiro inconsequente?

Erundina, com o peso dos anos?

Algum governador, algum senador?

Aí chegamos ao único nome que poderia dar uma esperança eleitoral aos progressistas, o do prefeito paulistano, Fernando Haddad.

Mas até ele tem severas limitações de competitividade, justamente pelo inovador governo que vem fazendo em São Paulo, que desagrada profundamente a porção reacionária da sociedade.

No campo da direita, os nomes são os de sempre, óbvios e igualmente péssimos: Aécio, Alckmin, Serra, Marina...

A novidade é justamente o pior de todos: o inescrupuloso e repulsivo Bolsonaro, que é o ídolo de uns 5% dos eleitores.

Lembrado os nomes, resta a pergunta que realmente importa: o que esse pessoal tem a oferecer para melhorar a vida dos brasileiros?

Sei lá, cartas à redação...  (Carlos Motta)

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