Josephine Baker está de volta ao Rio


A história da dançarina, cantora, atriz, ativista e humorista Josephine Baker (1906-1975), norte-americana naturalizada francesa que conquistou o mundo com sua arte e talento, volta a ser contada no Rio e de forma esplendorosa. Em terceira temporada no Teatro Maison de France, no Centro, “Josephine Baker – A Vênus Negra” ficará em cartaz  de 12 de setembro a 6 de outubro – sextas, sábados e domingos – agora com ainda mais pompa: já foi indicada aos prêmios Shell (melhor atriz, autor e figurino), Cesgranrio (direção musical e melhor atriz em musical), e Botequim Cultural (autor e melhor atriz em musical) pelo primeiro semestre de 2017,  prêmio APTR (melhor atriz) pelo segundo semestre de 2017, e aos prêmios  Broadway World (atriz revelação) APCA (melhor atriz) e Aplauso Brasil (melhor atriz, autor e espetáculo).


A volta ao Rio e, especialmente, ao teatro Maison de France, é motivo de grande alegria e entusiasmo de todo o elenco: “Nosso espetáculo tinha a intenção de resgatar a memória de uma história que precisava ser contada, mas o resultado foi muito maior do que o esperado. Fizemos verdadeiros amigos, dentro da equipe e com o público, no Rio, em SP e BH por onde passamos com casa lotada!”, ressalta a premiada atriz Aline Deluna, que vive a personagem principal. Ela completa: “Eu diria que mais do que uma representação teatral, o espetáculo é uma apresentação de pessoas que se unem pela diferença e pelo desejo de viverem livres e felizes."

O “mito de Cinderela” era como Josephine Baker via sua vida: uma menina negra, pobre, nascida em St. Louis, Missouri, nos Estados UNidos, num período de intensa discriminação e segregação racial, que se tornou uma das artistas mais célebres de sua época. Com sua dança selvagem e as caretas que fazia em cena, e posteriormente com seu surpreendente refinamento, tornou-se uma aclamada cantora francesa, mas sem nunca abandonar seu entusiasmo e sua voracidade em cena, valendo-se sempre do humor e do deboche para conquistar e alegrar seu público.

É essa mulher e artista à frente de seu tempo que o espetáculo “Josephine Baker, a Vênus Negra”, com texto de Walter Daguerre e direção de Otavio Muller, busca apresentar ao público. No papel principal, Aline Deluna, além de cantar e dançar, se parece fisicamente com Baker. Acompanhando a atriz, o trio de jazz formado pelos músicos Dany Roland (bateria e percussão), Christiano Sauer (contrabaixo, violão e guitarra) e Jonathan Ferr (piano e escaleta). POr meio da dramaturgia, da música ao vivo, dança e humor, “Josephine Baker - a Vênus Negra” aborda questões sociais e culturais em discussão ainda nos dias de hoje, como a discriminação racial, a censura dentro da arte, o valor do saber acadêmico versus o conhecimento prático e a indagação de qual é o papel da arte e do artista frente à sociedade.

Percorrer a vida de Josephine Baker é fazer uma viagem no tempo, quando o jazz, até então “música de negros”, passa a ser reconhecido como arte e absorvido com entusiasmo pelos brancos; é acompanhar, pelo olhar de quem viveu, a busca por seu lugar e acabou por reinventá-lo diante da sociedade.

Serviço

De 12 de setembro (sexta-feira) a 6 de outubro (domingo)
Local: Teatro Maison de France
Horários: Sextas 19:30    Sábados 20:00      Domingos 18:00
Ingressos: De R$ 60,00 a R$ 70,00 (inteira) / de R$ 30,00 a R $35,00 (meia-entrada)
Duração: 70 minutos
Classificação: 16 anos
Capacidade: 352 lugares
Endereço: Av. Presidente Antonio Carlos, 58 
Informações: 2544-2533

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