Indígenas que integram o curso Pedagogia Intercultural Indígena Guarani, formação inédita nesse formato, e oferecida, desde julho, no Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Biguaçu, Santa Catarina, realizam, na sexta-feira, 7 de dezembro, evento de intercâmbio e confraternização cultural com alunos do curso de Música da Univali de Itajaí.
Na ocasião, os 45 participantes indígenas compartilharão sua tradição, com músicas de sua cultura, enquanto alunos não-indígenas apresentarão canções de seus repertórios, com a finalidade de integração entre os dois grupos.
A atividade é promovida pela coordenação do curso de Pedagogia Intercultural Indígena Guarani e Núcleo de Acessibilidade da Univali (NAU). Ela é gratuita, aberta ao público e ocorre às 14 horas, na sala 404 do bloco 2, no Campus da Univali localizado às margens da BR101, em Biguaçu.
O curso de Pedagogia Intercultural Indígena - Guarani teve início em julho de 2018, oferecido pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), no Campus de Biguaçu. As atividades ocorrem no próprio Campus e em aldeias próximas. Elas são financiadas pelo Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (Uniedu) e pelo Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior (Fumdes).
Assim, o curso atende o que preconiza a meta 15 do Plano Estadual de Educação (2015) e foi aprovado pela comissão Ad Hoc, nomeada pela portaria nº 1.942/2016. Ele envolve as comunidades das aldeias Pira Rupá e Morro dos Cavalos, de Palhoça; Itanhaém e Mbya Roká, de Biguaçu; Tekoa Vya, de Major Gercino; Tekoá Tavaí; Tekoa Marangatu, de Imaruí; Yvy Ju e Morro Alto, de São Francisco do Sul; e Pindoty, de Araquari.
As atividades têm periodicidade semanal e a equipe de profissionais que atua no curso é formada por professores da Univali, da Secretaria Estadual de Educação de Santa Catarina (SED SC) e de lideranças das comunidades indígenas Guarani de Santa Catarina.
A formação tem como foco dar oportunidade ao exercício da docência na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, em escolas indígenas. As aulas são presenciais, com carga horária de pouco mais de 3,2 mil horas, distribuídas em oito semestres.
"Esse curso propõe o manejo de conhecimentos universais, que possibilitem acesso ao bem-estar, à saúde, à defesa do território e do patrimônio cultural, com consequente valorização, e a promoção de condições econômicas que garantam a sobrevivência cultural e física dos indígenas", ressalta Carlos Alberto Tomelin, vice-reitor de Graduação e Desenvolvimento Institucional da Univali.
Verônica Gesser, diretora da Escola de Educação da Univali e responsável pelo desenvolvimento do projeto curricular do novo curso, aponta que a maioria das escolas indígenas brasileiras ainda está sob a responsabilidade de professores não-índios e destaca que, além disso, muitos deles não têm formação para exercer o magistério de acordo com a realidade sociolinguística e cultural desses povos: "Esse curso oportunizará a formação necessária aos professores para desenvolverem em suas comunidades um ensino de acordo com a especificidade e os anseios de seus povos", conclui.
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