Livro reúne contos brasileiros de ficção científica


A antologia Fractais Tropicais, organizada por Nelson de Oliveira e lançada pela Sesi-SP Editora neste mês, reúne o melhor da ficção brasileira. São 30 autores que fazem parte da obra, mostrando que “a literatura brasileira é rica e diversa, dona de facetas insuspeitas”, conforme definiu o professor de literatura brasileira da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Ramiro Giroldo.

Participam desta antologia importantes e premiados escritores: Ademir Assunção, Alliah, Ana Cristina Rodrigues, André Carneiro, Andréa del Fuego, Ataíde Tartari, Braulio Tavares, Carlos Orsi, Cirilo Lemos, Cristina Lesaitis, Dinah Silveira de Queiroz, Fábio Fernandes, Fausto Cunha, Fausto Fawcett, Finisia Fideli, Gerson Lodi-Ribeiro, Ivan Carlos Regina, Ivanir Calado, Jeronymo Monteiro, Jorge Luiz Calife, Lady Sybylla, Lucio Manfredi, Luiz Bras, Márcia Olivieri, Octavio Aragão, Roberto de Sousa Causo, Ronaldo Bressane, Rubens Teixeira Scavone, Santiago Santos e Tibor Moricz.

A ficção científica brasileira

A história da ficção científica começou no último quartel do século 19, com o romance O Doutor Benignus, do português naturalizado brasileiro Augusto Emílio Zaluar, publicado em 1875. Partindo desse ponto, durante mais ou menos 80 anos, muitos escritores tupiniquins, influenciados principalmente por H.G. Wells e Jules Verne, publicaram contos e romances sem muita expressão.

Em 1960, uma nova geração de autores começou a aparecer em torno das Edições GRD, do lendário editor Gumercindo Rocha Dorea. Com a finalidade de organizar este crescente cenário, a geração GRD é chamada de primeira onda da ficção científica brasileira. Os autores que estrearam nos anos 1980 formaram a segunda onda e os que estrearam no início do século 21, configuram como a terceira onda.

De uma centena de temas possíveis, este livro acolheu os principais. Nos 30 contos reunidos há androides, ciberespaços, ciborgues, clones, colonização de outros planetas, controle da mente, guerra espacial, inteligência artificial, invasão alienígena, longevidade, mutantes, nanotecnologia, parapsicologia, pós-apocalipse, pós-humanismo, primeiro contato, realidade paralela, revolta cibernética, simbiontes, upload mental, viagem interestelar e viagem no tempo.

Criada em 1975 pelo matemático Benoit Mandelbrot, a palavra fractal surgiu para nomear figuras geométricas complexas, que se desdobram em infinitos módulos, cada qual semelhante à figura original. Assim, poeticamente falando, a ficção científica é uma espécie de fractal: seu tronco se ramifica em diferentes direções, gerando magníficos e hipnotizantes galhos literários, mas sem perder a identidade como uma espécie de modelo original.

O organizador e alguns dos autores

Nelson de Oliveira – É escritor e coordenador de oficinas de criação literária. Publicou o romance Subsolo Infinito e a coletânea de contos Às Moscas, Armas!, entre outras obras. Venceu duas vezes O Prêmio Casa de las Américas, em 1995 e 2011.

André Carneiro – Era escritor, artista plástico, fotógrafo e cineasta, com prêmios no Brasil e no exterior. Publicou Quânticos da Incerteza (poemas), Diário da Nave Perdida (contos), Amorquia (romance) e Introdução ao Estudo da Science Fiction (ensaio). É considerado o decano na ficção científica brasileira. 

Finisia Fideli – É médica homeopata e escritora. Apareceu em antologias e revistas no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos. Colaborou com as revistas Escrita e Ciência Hoje, entre outras. Foi uma das iniciadoras da questão da mulher na ficção científica, em 1996.

Luiz Bras – É ficcionista e ensaísta. Publicou os romances Não Chore, Distrito Federal, Sozinho no Deserto Extremo, Ventania Brava, publicado pela SesiI-SP Editora, entre outras obras.

Octávio Aragão – É designer gráfico, pesquisador acadêmico e escritor. Publicou A Mão que Cria e Reis de Todos os Mundos Possíveis (romances), e Para Tudo se Acabar na Quarta-Feira (graphic novel em parceria com o ilustrador Manoel Ricardo), entre outras obras. Organizou a clássica antologia de contos Intempol: Política Internacional do Tempo. Recebeu o prêmio Argos, em 2014.

Roberto de Sousa Causo – É ficcionista, pesquisador, editor e tradutor. Publicou Shiroma: Matadora Ciborgue (contos), Glória Sombria (romance) e Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil: de 1875 e 1950 (ensaio), entre outras obras. Vencedor do Prêmio Jeronymo Monteiro e Projeto Nascente. Também obteve reconhecimento da Sociedade Brasileira de Arte Fantástica, por impulsionar a ficção científica no Brasil.

Sesi-SP Editora

Em poucos anos de vida, a SESI-SP Editora já acumula mais de 60 prêmios das mais renomadas instituições. São 11 Prêmios Jabutis, 3 HQ Mix (Melhor Livro do ano 2014 e melhor Editora 2017), entre muitos outros.

Em 2018, o livro Infâncias – Aqui em Além Mar – recebeu o prêmio de Livro do Ano pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) - além de mais de 30 livros do catálogo receberem o Selo de Altamente Recomendável da instituição durante os últimos anos. A editora recebeu também o Selo Cátedra 10 da Unesco por três livros, entre outras premiações, neste ano. 

Fundada em 2011, a SESI-SP Editora tem mais de mil livros em catálogo, sendo referência na edição de HQ’s nacionais e europeias. Em 2016, recebeu da Cosac Naify a doação de 900 obras, que serão editadas no decorrer dos próximos anos.

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