Carlos Motta
O último show do Festival de Jazz Manouche de Piracicaba, neste domingo, 25 de novembro, no palco externo do Teatro Erotides de Campos, no Complexo Cultural do Engenho Central, vai reunir quatro grandes músicos, o argentino Ricardo Pellican e os brasileiros Sandro Haick, Marcelo Cigano (foto) e Gilberto de Syllos, o Seo Manouche.
Pellican, além de músico, é o criador e organizador do “Festival Internacional de Jazz Django Argentina”, que teve a sua primeira edição em 2003. "Ali iniciamos uma série que nunca foi interrompida", diz. O festival, que neste ano reuniu 120 músicos em 17 concertos, tem como característica principal, segundo Pellican, "impulsionar muitos jovens artistas a desfrutar do estilo criado por Django Reinhardt e seu Quinteto do Hot Club da França".
Pellican já gravou vários discos, participou de inúmeros festivais de jazz manouche em seu país e fora dele, e mantém uma intensa atividade pedagógica, ministrando clínicas e workshops em escolas de música na Argentina, países sul-americanos e europeus.
Entre os artistas argentinos com quem tocou estão Oscar Alemán, Walter Malosetti, Jorge Lagos, Eduardo Ravera, Chachi Zaragoza, Héctor López Fürst, Hernán Oliva, Swing '39, Hot Club 4, Django Trío, Swing Tzigane e o Cordal Swing. E entre os estrangeiros figuram Diddier Lockwood, Svend Assmussen, Jon Larsen, Per Frydenlund, Pascal De Loutchek, Ian Cruickshank, Joe Pass, Hugo Rassmussen, Maurice Ferre, Baro Ferret, Panchito Cabrera, Herb Ellis, Bangar Manouche, Gustavo Valenzuela, Svein Aarbostad e o brasileiro Bina Coquet.
Sandro Haick, Marcelo Cigano e Seo Manouche, que dividirão o palco com ele no show de domingo, estão entre os mais prestigiados músicos brasileiros.
Haick é um virtuose em todos os instrumentos que toca - guitarra, violão, bateria e teclados, entre outros. Parte de sua vasta experiência musical ele adquiriu acompanhando Dominguinhos em shows pelo Brasil todo. Por isso, embora não seja músico exclusivo de jazz manouche, impressiona a todos com a sua técnica e capacidade de improvisação.
Já o baixista Gilberto de Syllos é tão apaixonado pelo gênero que adotou o nome artístico de Seo Manouche e com ele tem desenvolvido um criativo trabalho autoral - suas composições têm letras bem-humoradas, seus videoclipes esbanjam originalidade e as recriações que faz de músicas conhecidas são notáveis.
Marcelo Cigano, outro músico que transita pelo jazz manouche com extrema facilidade, está tendo um fim de ano de intensa atividade. Hoje ele fará o show de abertura do Festival da Canção de Jacarezinho, cidade no interior do Paraná. "Vou ter o prazer de dividir o palco mais uma vez com esse convidado superespecial, Fabio Torres, e também de tocar com Vinícius Araújo, Glauco Solter e Luís Gustavo Rocha", diz.
Amanhã, o acordeonista estará em São Paulo, para fazer um show, parte do 6º Festival de Jazz Manouche de Piracicaba, no JazzNosFundos, na companhia de Bina Coquet, Vinícius Araújo, Danilo Vianna de Castro, e os argentinos Ricardo Pellican, Fran Seglie e Federico Felix.
E depois de tocar, no domingo, no show de encerramento do festival, em Piracicaba, "com mais uma galera da pesada", ele estará, na sexta-feira, dia 30, em Brasília, onde participará do Acordeon Day, no Clube do Choro. Haja fôlego!
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