Carlos Motta
Geraldo Vandré voltou a cantar "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores" - "caminhando e cantando e seguindo a canção..." - num palco, pela primeira vez em 50 anos, em João Pessoa, nesta quinta-feira, 22 de março, num concerto cujo programa incluía outras peças suas pouco conhecidas.
"Pra Não Dizer..." foi lançada no 2º Festival Internacional da Canção, da Globo, em 1968. Ficou em segundo lugar, atrás de "Sabiá", de Tom Jobim e Chico Buarque, recebida por uma monstruosa vaia - o público que lotou o ginásio do Maracanãzinho, estimado em 25 mil pessoas, torcia freneticamente pela música de Vandré.
Com o passar dos anos, "Pra Não Dizer..." foi cantada por inúmeros artistas e se consolidou como "a" música de protesto, uma espécie de hino contra a ditadura militar - e por conseguinte, contra a tirania de forma geral.
A guarânia de melodia simples abriga também versos de luta, e por que não, de esperança: "Vem, vamos embora/que esperar não é saber/quem sabe faz a hora/não espera acontecer."
"Pra Não Dizer..." não é a única música explicitamente política de Vandré - ele talvez seja o artista brasileiro que fez o maior número de composições ditas "engajadas".
"Disparada", outro grande sucesso seu, vai na mesma linha, assim como tantas outras.
Mas se a sua obra ficou gravada na memória do povo como um canto de rebeldia contra as injustiças, a desigualdade e a opressão, o mesmo não se pode dizer sobre a sua trajetória pessoal desde a volta ao Brasil em 1973: nas poucas vezes em que saiu da reclusão a que se obrigou a viver, Vandré ou foi lacônico ou enigmático sobre questões relativas ao momento político e social do país.
Mesmo agora, nas entrevistas que deu em João Pessoa, antecedendo os espetáculos, ele foi evasivo - parece que tem prazer em cultivar essa imagem de esfinge que ninguém decifra...
Isso tudo, porém, pouco importa.
Se o artista se cala, a sua obra fala por si.
E ela, como mostram as gravações feitas do octogenário criador, vestido de branco, segurando a bandeira do Brasil, cantando, com sua voz inconfundível, seus versos imortais na sala de concertos Maestro João Siqueira, em João Pessoa, é emocionante - como toda grande obra de arte deve ser.
Com mais uma denuncia a ser apresentada contra ele aos deputados, depois de escapar de duas, a unica saida pro Mesoclise, é pedir a Russia pra jogar um foguete supersonico em cima do congresso, a titulo de teste. Sem bomba atômica, claro. Uma bombinha de São João é o suficiente. Traaaaque. Corre tudo pra debaixo da saia de Dna. Carmem.
ResponderExcluirMesóclise lança sua campanha, baseado no projeto de governo "ponte para o futuro 2." A mim só resta dizer : já ganhou, já ganhou, já ganhou. Obs: diz o bom senso, que maluco não deve ser contrariado. Já ganhou, tum tum tum.
ResponderExcluirQuando perceberam, que a tabajara corporation ia condenar todos, eu disse todos os politicos brasileiros a 100 anos de cadeia, ouviu-se um grito em higienopolis:"ÊÊÊÊPAAA. Assim não pode, assim não dá." E soltaram o Lula.
ResponderExcluirInadiável a união de todos os Brasileiros, contra a violência do entreguismo mercenário.
ResponderExcluirNão assinem. Repudiem essa televisão com nome de remédio pra matar mosquito.
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