Carlos Motta
Sucesso no Carnaval de 1951, a marchinha "Retrato do Velho", de Haroldo Lobo e Marino Pinto, na voz de Francisco Alves, parece que foi feita para a folia deste ano.
Afinal, tem muita gente saudosa do tempo em que havia pleno emprego no país, o crediário era barato e farto, o preço da gasolina e do gás de cozinha estava praticamente congelado, a educação superior não era um sonho impossível, assim como a casa própria - o futuro parecia, enfim, ter chegado aos brasileiros, e ele era doce.
O velho de então era Getúlio Vargas, que iria voltar à presidência, já ocupada por ele de 1930 a 1945, depois de vencer a eleição de 1950.
O velho de agora é Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para a disputa presidencial deste ano - se houver -, mesmo sofrendo a mais impiedosa perseguição do aparato midiático-policial-judicial da história do Brasil.
Lula, como Getúlio, encarna as esperanças do povo mais pobre, desprotegido, espoliado e vítima de uma desigualdade que envergonha o país perante as outras nações do mundo.
Por isso, 67 anos depois, a esperança é que o seu retrato resgate a democracia, tão vilipendiada pela quadrilha que tomou de assalto o Brasil.
Bota o retrato do velho, outra vez,
Bota no mesmo lugar,
O sorriso do velhinho,
Faz a gente trabalhar ( oi )
(bis)
Eu já, botei o meu,
E tu, não vai botar ?
Já enfeitei o meu,
E tu vais enfeitar ?
O sorriso do velhinho,
Faz a gente trabalhar ( oi )
E o Temer está animado para as proximas eleições. Tudo indica que vai ser indicado para vice do cão de guarda do palacio. Eu desaconselho!
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