Brasília ganha exposição de Tomie Ohtake


A exposição Tomie Ohtake: Cor e Corpo, foi aberta em Brasília com 40 gravuras, cinco pinturas e três esculturas da artista que se tornou uma das grandes referências da arte abstrata brasileira. A mostra fica em cartaz até 4 de março na Caixa Cultural, no Setor Bancário Sul, na região central da cidade.

Nas 40 gravuras, entre serigrafias, litografias e gravura em metal, é possível ver as mudanças contínuas da produção de Tomie Ohtake. A artista japonesa começou a pintar aos 40 anos. Além da pintura, da gravura e da escultura, ela produziu mais de 30 obras públicas desenhadas em várias cidades do Brasil.


Embora suas obras sejam associadas ao informalismo por alguns críticos de arte, suas formas destacam-se por remeterem a elementos da natureza e a volumes que se assemelham a movimentos vivos. Na produção abstrata, Tomie Ohtake usa tremores, desvios e abaulamentos às formas geométricas, traçando contornos e silhuetas, evitando a rigidez. Outra característica da pintora é o uso das cores e as obras sem título.

Tomie Ohtake nasceu em Quioto, no Japão, no dia 21 de novembro de 1913. Em 1936, chegou ao Brasil para visitar um de seus cinco irmãos. Impedida de voltar, devido ao início da Guerra do Pacífico, acabou ficando no país. Casou-se, criou os dois filhos, e começou a pintar incentivada pelo artista japonês Keiya Sugano.


De acordo com o Instituto Tomie Ohtake, a artista foi convidada para criar obras para prêmios e comemorações como o centenário da imigração japonesa, em 2008, quando concebeu uma escultura monumental em Santos e outra no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Tomie recebeu 28 prêmios, participou de 20 bienais internacionais e mais 120 exposições individuais pelo mundo. (Agência Brasil)

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