Festival quer reunir feras do rock/blues nacional


"O cenário musical brasileiro empobreceu, encolheu, sucateou. Grandes artistas, grandes músicos, nossa cultura, nosso patrimônio. Nenhum espaço. Nenhum respeito. Nenhum reconhecimento. Eu não consegui ficar sentado no sofá assistindo isso acontecer sem tentar fazer alguma coisa. Não sou do show business. Assim como você, eu curto muito a música de alta qualidade e os artistas que as executam. Sou um apaixonado por rock, blues, guitarras. Estou apaixonado por contrabaixo agora. Eu sou entusiasta da boa música e sei que aqui no Brasil temos músicos e artistas que estão entre os melhores do mundo!"

Quem diz isso é Anderson Cobra, o idealizador do Gray Music, evento que reúne algumas feras do rock/blues instrumental do Brasil, que vai para a sua segunda edição, e é alvo de uma campanha de crowdfunding, a nossa popular "vaquinha".  

O Gray Music 2 deverá ser realizado no dia 3 de março do ano que vem, ainda em local a ser definido, mas provavelmente, como informa Anderson, "em uma casa de shows de altíssima qualidade nos bairros de Itaim ou Pinheiros (São Paulo)".

Se na primeira edição o Gray Music reuniu, no Manifesto Rock Bar, nomes como Rafael Bittencourt, Edu Ardanuy, Joe Moghrabi, Marcelo Barbosa, Fábio Zaganin e Cristiano Rocha, a segunda edição promete manter o pique, segundo explica Anderson Cobra:

"O time está fantástico. Na bateria, Bruno Valverde, do Angra, um monstro quando entra atrás da batera. No baixo, nada menos que Felipe Andreoli, também do Angra, que também dispensa apresentações e comentários. Mozart Mello, nosso maior mestre, fará seu show com essas feras e eu não vejo a hora de ver essa mistura. Teremos ainda o Faiska, com toda sua técnica apurada e sua pegada fantástica, para pôr fogo em tudo.E ainda o Roger Franco. É uma mistura interessantíssima, já que o Roger é um músico brilhante e de uma safra mais nova. Agora, imagine tudo isso numa jam final com Bruno Sutter no vocal... Mais inusitado e exclusivo que isso?

A ideia de fazer um crowdfundig para financiar o festival surgiu porque, segundo Anderson, "nosso governo vem enfrentando problemas financeiros e institucionais muito graves para nos dar alguma atenção à música, os empresários do setor musical sofrem com a deterioração cultural do país há muitos anos e mal conseguem se manter em pé, que dirá nos apoiar e para empresários de outros setores ainda não somos relevantes e por isso não temos o seu apoio".

O que restou, diz, foi lançar a campanha de crouwdfunding, "pois assim teremos um resultado direto, sem intermediários, sem burocracia". 

O objetivo da campanha é arrecadar cerca de R$ 46 mil. As contribuições começam em R$ 28 e as recompensas incluem desde músicas para download a ingressos, descontos em cursos de instrumentos musicais, acesso a ensaios e camarins, entre outros benefícios. 

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