Lideranças do Congresso preveem melhora na economia e continuidade de crise política


Do site Congresso em Foco:

As principais lideranças do Congresso Nacional apostam mais na melhoria da economia do que no arrefecimento da crise política ao longo dos próximos 12 meses. A abertura de novas investigações contra o presidente Michel Temer (PMDB), a exemplo da determinada ontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a iminência da apresentação de uma segunda denúncia criminal contra o peemedebista e revelações de delações premiadas em curso reforçam, entre os parlamentares, a sensação de que há pouca chance de a instabilidade política diminuir até agosto de 2017.


Por outro lado, a discreta melhora registrada na área econômica no último trimestre, como a ligeira queda na taxa de desemprego (0,2%) e a reversão da tendência de baixa na economia (crescimento de 0,2%), em comparação com o período anterior, é vista pela cúpula do Congresso como indício de que a crise nesse campo tende a diminuir.

Essas são algumas das conclusões da terceira rodada de pesquisa do Painel do Poder, produto criado pelo Congresso em Foco para monitorar de forma sistemática e com fundamentação científica as percepções e os humores daqueles que mandam no Congresso Nacional. Nesta edição foram ouvidos, ao todo, 55 parlamentares, respeitando-se a proporcionalidade em cada Casa, entre governistas e oposicionistas e as divisões regionais.

Dos 15 itens aferidos pelo Painel, a instabilidade política é o que tem o pior prognóstico pelos próximos 12 meses entre as lideranças entrevistadas. Para 40%, a situação só vai se degradar nesse período. Na avaliação de 31%, continuará como está. Somente 27% deles acreditam em melhora.

Também é pequeno o percentual dos que entendem que o combate à corrupção será mais intenso até agosto do ano que vem (18%). Na opinião de 42% deles, nada mudará nesse sentido. E, para 38%, a tendência é de piora.

Os dados são mais animadores quando analisadas as perspectivas econômicas. É na geração de emprego e renda que o otimismo entre as lideranças é maior: chega a 47%. Para 31% nada mudará, e para 20%, o desemprego deve crescer pelos próximos 12 meses.

Na segunda posição entre as previsões mais otimistas, aparece a própria economia em geral, com 45% de previsão de melhora (31% acham que continuará como hoje e 22% que vai piorar). Também 45% apostam em boas notícias na área de desenvolvimento econômico nacional. Já a elevação na confiança do mercado é vista como o cenário mais provável para 40% dos entrevistados ao longo de um ano.

Comentários

  1. Uma conclusão dentro da famosa lógica do Mesóclise, lembra: "o Sr. está com cancer, mas em compensação está com um aspecto melhor." Os sabujos não perdem oportunidade de agradar o dono.

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