Ana Luíza Matos de Oliveira
A reforma, diga-se de passagem, por sua profundidade, tem o potencial de realizar enormes mudanças no mercado de trabalho e inclusive modificar o que entendemos como formal e informal: ao considerar legais ou formais relações de trabalho antes fora da lei, a reforma simplesmente traz para dentro da formalidade vínculos trabalhistas precários, sem modificar a situação concreta dos trabalhadores.
Uma medida que pode nos ajudar a analisar a qualidade de empregos é a taxa composta de subutilização da força de trabalho, também medida pela PNAD. A taxa é composta por pessoas subocupadas por trabalharem poucas horas, estarem desocupadas ou terem se retirado do mercado de trabalho.
Essa taxa caiu de 24,1%, no primeiro trimestre de 2017 para 23,8% no segundo trimestre, mas os níveis do indicador para 2017 são os maiores da série histórica, medida desde 2012, o que indica que, para os trabalhadores, a crise no mercado de trabalho ainda está longe de passar. (Fundação Perseu Abramo)
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