Brasil Novo envergonha a civilização


Carlos Motta

Três amigos jornalistas se manifestaram, no Facebook, a respeito da inacreditável suspensão da mostra de arte em defesa da diversidade, em Porto Alegre, por parte de seu patrocinador, o Banco Santander, cedendo a pressões de grupos fascistas.

Endosso inteiramente o que escreveram.

E acrescento: este Brasil Novo é uma vergonha à civilização

Os textos:


Um dos efeitos colaterais do golpe seria o "empoderamento" dos grupelhos de direita, dos protofascistas. Seria o crescimento do discurso da intolerância no nosso dia a dia. Seria o fortalecimento da ignorância deslumbrada. Pois é o que temos visto por aqui e por ali.
Muita gente bacaninha se vestiu de verde-amarelo e foi à Paulista sem perceber o que estava a caminho. Achavam que tratava-se apenas de corrupção. E que tudo bem se juntar aos saudosos da ditadura, aos homofóbicos e aos racistas no protestos contra a "corrupissão".

Hoje vemos o banco Santander suspender uma exposição de arte cujo tema era a defesa da diversidade. O banco espanhol cedeu aos protestos dos protofascistas do MBL. Exposição que tinha trabalhos de artistas consagrados como Lygia Clark, Leonilson, Portinari e Adriana Varejão, entre outros.

Que os intolerantes critiquem exposições que não se enquadrem à sua visão reduzida do mundo, é de se esperar. Mas que um banco internacional ceda às críticas ao ponto de encerrar a exposição, é de se lamentar. E de lembrar que os bancos são avalistas do golpe contra a democracia no Brasil. E apoiadores (em alguns casos formuladores) das reformas propostas por um governo corrupto e aprovadas por um congresso corrupto.

O Santander perdeu uma grande oportunidade de dar uma aula de cidadania. De mostrar seu apreço pela democracia. Mas fez o oposto.

Mario Rocha


Sabe esse MBL que hoje ataca uma exposição de arte e vc acha um horror ? Sorry, não faz muito tempo que vcs estiveram lado a lado desfilando por aí... Pois é, golpe não para onde vc acha que deve parar. É uma caixinha de Pandora...

Wanise Ferreira


Já temos os camisas negras e agora inauguramos a arte degenerada. Porque não dar o nome real às coisas reais? Na Itália chamava-se fascismo; na Alemanha, nazismo. Como vamos chamar aqui no Bananão? Só existe uma forma de enfrentar o fascismo: esmagando-o como se faz com o piolho. Não há método alternativo.

Luiz Vita

Comentários

  1. Sem dúvida, é preciso desinfetar essas bactérias teleguiadas de fora. Pura imundície.

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