Carlos Motta
O desejo que o grito expressa é o da ampla maioria da população brasileira, que vê no atual ocupante do Palácio do Planalto um ser desprezível, exemplo acabado do que há de pior na política, e, pior entre todos os defeitos de um governante, incapaz de melhorar a vida das pessoas.
Apesar disso, é um grito sem consequências práticas e que, infelizmente, como atesta a sua captura por figuras desprovidas de qualquer educação ou vivência política, como artistas globais e pseudorroqueiros, tornou-se um instrumento de marketing para promover quem quer ser visto como "antenado" com a triste realidade do país capturado pelas forças reacionárias.
Hoje, o "fora,Temer" tem tanto efeito prático na mudança mais que necessária da situação quanto o "juiz ladrão" que se ouve nos campos de futebol Brasil afora - é mais um desabafo, um exercício até salutar, de catarse.
O fato é que, enquanto o "fora, Temer" ecoa país afora, o projeto de destruição da frágil democracia e do incipiente Estado de bem-estar social dos governos trabalhistas, concomitantemente à entrega das riquezas nacionais ao capital internacional e subjugação da soberania aos interesses do "grande irmão do Norte", vai de vento em popa.
Parece mesmo que, apesar de um ou outro percalço, em breve estará concluído.
Seus opositores, infelizmente, têm poucas alternativas ao "fora, Temer". De certo modo, o que fazem são somente variações inócuas da curta frase de repúdio ao golpista.
Recuperar o Brasil exige muito mais - o tempo das palavras, das ofensas, das piadas, já passou.
Concordo prezado Motta. Se me permite,quais são suas sugestões para abreviar esse prolongado sofrimento que assola o País.
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