A nova que vem de Brasília dá conta que o Dr. Mesóclise e sua turma de picaretas estão bolando mais um plano para acabar de vez com as pretensões do ex-presidente Lula voltar a ocupar o cargo de chefe do Executivo central novamente.
O truque da vez se chama parlamentarismo, esse sistema de governo no qual o presidente da República é uma figura decorativa e quem dá as cartas é o primeiro-ministro, escolhido pelo Congresso - ou Parlamento -, entre os seus.
Coisa de Primeiro Mundo.
Com isso, pensam os golpistas, o país ficará livre de vez do "Nine", esse sujeitinho que teima em ter votos, por mais condenado que seja, por mais que se diga, em tudo o que é jornal, revista, programa de rádio e televisão, sites da internet, redes sociais, que ele é um corrupto e ladrão, pois afinal tem um "triplex" na badalada Guarujá e um sítio na também charmosa Atibaia, e seu filho é dono da Friboi, tem uma Lamborghini de ouro, um iate de R$ 20 milhões, e uma fazenda que parece muito com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, interior paulista.
Com o parlamentarismo, acreditam os usurpadores, não haverá a menor chance de o "Brahma" retornar ao Palácio do Planalto - existe uma ínfima possibilidade de ele concorrer na eleição do ano que vem, se o TRF-4 não julgar a tempo a sua apelação, ou se, num desses fenômenos da natureza, resolverem absolvê-lo.
O fato é que os golpistas morrem de medo do "Apedeuta".
Por isso têm de se cercar de todos os lados, garantir que ele nunca, em nenhuma hipótese, pela terceira vez, resolva garantir três refeições ao dia para os pobres, que, como sempre diz, são a solução e não o problema do Brasil.
Imagine só alguém dar atenção a eles, fazer deles cidadãos e não mera mão de obra a ser explorada - ah, os bons tempos da escravidão...
Eles temem mesmo que, cumprindo uma pena de prisão perpétua na masmorra curitibana, o "Molusco" consiga passar um recado para os seus apoiadores - essas pragas vermelhas que insistem em não aceitar a modernização do país - votarem em outro comunistinha qualquer, esse Haddad das bicicletas e da velocidade baixa nas marginais paulistanas, ou até naquele boquirroto do Ciro Gomes, ou - é melhor nem pensar nisso - no tal Flávio Dino, que está dando um jeito no Maranhão, o Maranhão tão querido pelo nosso velho e bom Sarney, quem diria...
Por tudo isso, o jeito é o parlamentarismo.
Com ele, não há erro - o povo brasileiro, que nem sabe o que faz um prefeito, um vereador, um deputado ou um senador, e que acha que a culpa por sua rua ser toda esburacada é do presidente da República, vai saber escolher um Congresso só de luminares, exemplos de honestidade e dedicação ao serviço público, certamente vai votar em quem pretende doar seu trabalho e seu esforço para o desenvolvimento da nação, para o aperfeiçoamento da democracia e redução das desigualdades sociais.
Esse povo, que nunca, nenhuma vez, nem por sonhos, levou ao Parlamento figuras como o incrível Eduardo Cunha, a família Bolsonaro, Felicianos e Malafaias - amém! - e tantos outros, tatuados ou não, com certeza vai acompanhar, como se a seleção brasileira estivesse numa final de Copa do Mundo, a emocionante eleição do primeiro-ministro.
E, escolhido o vencedor, sairá às ruas, vestindo as camisetas verde-amarelas da CBF, a honesta, soltará rojões, e gritará, efusivamente, num Carnaval temporão, o nome desse messias que concluirá a travessia deste imenso transatlântico Brasil rumo ao porto seguro das crenças ancestrais, essas que não admitem experiências exóticas, nem aventuras perigosas, ou promessas despropositadas de dias melhores. (Carlos Motta)
Nem Lula, nem ninguém. Os golpistas só largam o osso depois que o País estiver totalmente destruido. Se largarem!
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