Dois acontecimentos mostraram o arrefecimento crescente da política externa brasileira: a pouca representação do país no Fórum Acadêmico do Brics e a emenda para mudar o nome da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Ambos os fatos decorrem de uma vontade das forças que estão no poder para entregar o Brasil de bandeja aos países centrais, tornando-o um ator pequeno no cenário mundial, submisso e omisso frente às vontades imperialistas.
Um dos pontos altos durante os governos de Lula e Dilma foi, sem dúvida, o projeto de política externa. Tendo como eixos principais a integração latino-americana e as relações no chamado Sul global, a política externa projetou o Brasil para o mundo, tornando-o um importante player mundial. Vimos a refundação do Mercosul, a criação da União de Nações Sul-americanas (Unasul), do Brics e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), além da institucionalização da Unila que seria um mecanismo para integrar os estudantes da América Latina e, assim, promover o intercâmbio de conhecimento na região.
O Brics tornou-se um importante canal entre Brasil, Rússia, China e África do Sul para coordenação das atuações desses países em outras instâncias como, por exemplo, o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ademais, em 2014 foi criado o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, o que fortaleceria economicamente a aliança entre esses emergentes.
Porém, depois da posse do governo golpista e das nomeações de atrapalhados títeres do PSDB para o Ministério das Relações Exteriores, o diálogo com o Sul vem perdendo força frente a uma priorização das relações com os países centrais, como os Estados Unidos e a União Europeia. Nesse sentido, durante o Fórum Acadêmico dos Brics, que ocorreu na China, entre os dias 10 e 12 de junho, a pouca participação brasileira foi sintomática. O Itamaraty e o “presidente” mandaram para o evento representantes de baixo escalão, que não articularam nenhuma estratégia para o fortalecimento do Brics, tampouco demonstraram algum projeto de política externa. (Luana Forlini/Fundação Perseu Abramo)
Um dos pontos altos durante os governos de Lula e Dilma foi, sem dúvida, o projeto de política externa. Tendo como eixos principais a integração latino-americana e as relações no chamado Sul global, a política externa projetou o Brasil para o mundo, tornando-o um importante player mundial. Vimos a refundação do Mercosul, a criação da União de Nações Sul-americanas (Unasul), do Brics e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), além da institucionalização da Unila que seria um mecanismo para integrar os estudantes da América Latina e, assim, promover o intercâmbio de conhecimento na região.
O Brics tornou-se um importante canal entre Brasil, Rússia, China e África do Sul para coordenação das atuações desses países em outras instâncias como, por exemplo, o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ademais, em 2014 foi criado o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, o que fortaleceria economicamente a aliança entre esses emergentes.
Porém, depois da posse do governo golpista e das nomeações de atrapalhados títeres do PSDB para o Ministério das Relações Exteriores, o diálogo com o Sul vem perdendo força frente a uma priorização das relações com os países centrais, como os Estados Unidos e a União Europeia. Nesse sentido, durante o Fórum Acadêmico dos Brics, que ocorreu na China, entre os dias 10 e 12 de junho, a pouca participação brasileira foi sintomática. O Itamaraty e o “presidente” mandaram para o evento representantes de baixo escalão, que não articularam nenhuma estratégia para o fortalecimento do Brics, tampouco demonstraram algum projeto de política externa. (Luana Forlini/Fundação Perseu Abramo)
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