O Indicador de Uso do Crédito, apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), revela que 25% dos brasileiros tiveram crédito negado no mês de maio ao tentar fazer uma compra a prazo ou contratar algum tipo de empréstimo ou financiamento. A principal razão para a negativa foi o fato de estarem com o nome inserido em cadastros de inadimplentes (10%) ou a falta de comprovação de renda (4%).
Dado que reforça o comportamento mais restritivo por parte dos credores é que 46% dos brasileiros consideram "difícil ou muito difícil" contratar empréstimos ou linhas de financiamento. Apenas 13% dos consumidores avaliam o processo como fácil.
De forma geral, seis em cada dez (58%) consumidores brasileiros não utilizaram nenhuma modalidade de crédito no mês de maio, como empréstimos, linhas de financiamento, crediários e cartões de crédito. O restante (42%), porém, mencionou ao menos uma modalidade a qual tenham recorrido no período. Os cartões de crédito (35%) e os cartões de loja e crediário (16%) foram as modalidades mais usadas no último mês. O cheque especial foi citado por 7% da amostra. Há ainda, 5% de consumidores que recorreram à empréstimos e 4% que buscaram financiamentos.
Em maio, o Indicador de Uso do Crédito, que mensura a propensão ao consumo, marcou 27,5 pontos, estável em relação aos 27,6 pontos observados em abril. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior a disposição do consumidor e tomar crédito.
“Com a inadimplência em patamar elevado, desemprego crescente e recessão ainda longe do fim, tanto bancos como financeiras têm restringido o crédito no mercado, o que dificulta a contratação por parte do consumidor. Além disso, as taxas de juros, ainda muito elevadas, acabam inibindo o apetite do brasileiro na busca de recursos financeiros para consumir”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
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