Está cada vez mais perigoso viver no Brasil.
E nem é por causa da violência urbana, porque a essa, o brasileiro já se acostumou há muito tempo.
O perigo agora mora ao nosso lado, pode partir de um vizinho, de um colega de trabalho, de qualquer pessoa que, por um motivo ou outro, não goste de nós.
É que, desde que o STF participou, com grande entusiasmo, da farsa intitulada Mensalão, quando uma ministra condenou um réu sem prova cabal, sob a justificativa de que a "literatura jurídica" permitia, e esse engodo denominado Operação Lava Jato passou a usar a tortura psicológica do encarceramento sem condenação e a palavra de delatores como verdade, o país é refém de uma ditadura judicial.
Nessa nova ordem ditada por juízes, promotores, procuradores e toda a meganhagem, um dos princípios basilares do direito foi invertido: agora, como nos tempos da Inquisição, o delatado tem de provar que é inocente, e as provas do crime foram substituídas pelas convicções dos acusadores.
Ninguém, à vista de tais inovações, pode dizer que o brasileiro não é criativo.
Assim, nesta república, o cidadão comum, o homem ordinário, o pobre coitado, se antes tinha pouca garantia de ver seus direitos constitucionais assegurados, agora se encontra inteiramente desprotegido, à mercê dos humores das "autoridades".
Um porteiro que não chame o "doutor" de doutor pode virar réu de um processo massacrante.
Uma denúncia anônima pode acabar com a carreira de um político honesto.
Integrar um partido político de esquerda pode ser tão perigoso quanto escalar o Everest de bermuda e chinelo.
Participar de um ato público contra a retirada de direitos trabalhistas ou contra um governo ilegítimo e corrupto é certeza de ser vítima de gentis borrachadas e ardor nos olhos, generoso patrocínio de bestas-feras uniformizadas.
O Brasil Novo tem tudo para durar por muito tempo, talvez para sempre.
A receita para isso é manter, e se possível, aumentar, o estado de exceção que amedronta a todos os excluídos do círculo de mando.
A receita é mostrar que ninguém está acima da lei, mas que essa lei tem a mão pesada somente para os que ousam desafiar a nova ordem.
Nunca antes na história deste país tantos homens de bem tanto fizeram para conservar seus privilégios e manter intacto seu poder - é um vale-tudo cujas regras são definidas ao sabor das circunstâncias, e sempre em benefício dos ungidos pelos céus. (Carlos Motta)
"O perigo agora mora ao nosso lado, pode partir de um vizinho, de um colega de trabalho, de qualquer pessoa que, por um motivo ou outro, não goste de nós".
ResponderExcluirPrezado Motta. De uns 10 anos pra cá, não faço outra coisa que mandar todos êles pra puta que pariu. Já tentaram me balear, me atropelar, quebrar o telhado da minha casa com pedradas, me explodir com bombas caseiras etc... A policia disse que sou intolerante e quem vai acabar preso sou eu. Sendo assim, continuo me defendendo e mandando todos pra puta que pariu.Obrigado pelo alerta. Quanto aos ditadores, é bom não esquecer que Herodes morreu comido pelos vermes. Viva Lula!!!!!