O diabo tem muitas faces, acreditam os religiosos.
Deveriam também, neste mundo material em que vivem, crer que a corrupção, eleita o mal maior desta triste nação, se espalha e sobrevive e se fortalece travestida de variadas e multicoloridas roupagens.
O observador nem precisa ser muito atento para se deparar com ela no seu dia a dia.
Basta ver os motoristas no trânsito, burlando a lei a todo instante para ganhar alguns metros do carro à sua frente, mesmo que corram o risco de provocar um acidente.
Ou o sujeito que fura a fila do banco ou do supermercado.
Ou aquele que se vangloria de ter enganado a Receita Federal em seu Imposto de Renda.
Ou o comerciante que sonega impostos, não dá nota fiscal.
No caso dos políticos os exemplos são inúmeros.
O ex-prefeito de Serra Negra, onde moro, usava o carro oficial fora do expediente da maneira mais despreocupada possível. Mais de uma vez o vi pegar o jantar de domingo num restaurante.
O presidente da República, ficamos sabendo, paga a babá de seu filho não com recursos próprios, mas por meio de verba da União, como se ela fosse funcionária de um órgão estatal qualquer.
Juízes e procuradores da República não têm o menor pudor em aumentar seus salários, já altos, bem acima do permitido pela legislação, por meio de expedientes vergonhosos como os tais "auxílio isso", "auxílio aquilo".
Esses são apenas alguns poucos exemplos dos disfarces usados pelo demônio para esconder a sua face.
O fato é que a sociedade brasileira, com algumas raras exceções, já se habituou com o "jeitinho", não vive sem ele, e padece de dores insuportáveis quando se vê, mesmo que por um instante, sem o seu apoio.
Há corrupções de todos os tipos, para todos os gostos.
Como há o cinismo e hipocrisia em todos os que apontam seus dedos para supostos infratores, possíveis criminosos ou alegados corruptos e corruptores.
Nenhum desses que aparece por aí vestindo a toga da moralidade possui, nem de longe, a autoridade ética para acusar ou julgar quem quer que seja.
Como o ex-prefeito de Serra Negra, estão tão mergulhados nos maus hábitos que nem percebem o quanto são falsos. (Carlos Motta)
O que vem acontecendo no Brasil, dêsde o "golpe dos barnabés", que tirou a Dilma do poder, pode ser resumido em uma frase: "o dinheiro público é nosso". Nada de gastar com o Povão! Convocaram até o exército americano pra meter mêdo na gente. O "cramulhão de faixa", não consegue esconder a risadinha.
ResponderExcluirtriste povo.
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