O PT errou, errou muito. No campo ético, errou além do que se poderia esperar. Mas aqueles que nos últimos anos vêm acusando os erros do PT nunca tiveram moral pra fazê-lo. Os fatos mostram que o pau do galinheiro de tucanos e assemelhados é sujo, é imundo. Se um dia posaram de paladinos da moral, o fizeram por hipocrisia própria e daqueles que acobertaram seletivamente os malfeitos da classe política e empresarial no Brasil.
O mesmo se pode dizer de quem conspirou para derrubar uma presidenta eleita pelo voto. O grupo que tomou o poder - mais aqueles que atuaram nos bastidores - está afundado na lama até o pescoço. Pior ainda do que isso. Planeja um país em benefício da elite econômica, do 1% da população, ao apresentar como necessárias reformas que acabam com as conquistas sociais dos trabalhadores brasileiros. É preciso aumentar a exploração do trabalho (ou a mais valia, como diria o barbudo alemão) para que o capital seja mais rentável. É para isso que foi dado um golpe na democracia. Os fatos estão na ponta dos nossos narizes.
Nesse anoitecer da democracia em um país ensolarado, surge nas pesquisas o nome do Lula como disparado favorito para vencer a eleição para a Presidência no próximo ano. Por que Lula? Porque a memória do brasileiro não é tão curta assim. Éramos felizes no governo Lula. A exceção a essa felicidade talvez se restrinja às almas infelizes e aos corações mesquinhos. Lula deixou a Presidência com mais de 80% de aprovação ao seu governo. Reconhecido no Brasil e na comunidade internacional.
Na boca da longa noite sem lua que se arma no país do golpe das elites, resiste um gosto de sol da ainda viva esperança popular. Só os tolos acreditam que tudo o que foi feito nos últimos anos, nas ruas verde-amarelas e em Curitiba, foi por causa da corrupção. As pesquisas que dão favoritismo ao Lula falam muito do que quer e pensa o tal do povo brasileiro. Não somos o país da escuridão, representado pelos ternos escuros dos homens sem luz que acinzentam o nosso céu.
Somos o país do sol. (Mario Rocha, jornalista)
"Desesperar jamais. Aprendemos muito nesses anos...(Ivan Lins).
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