Os moradores da periferia de São Paulo acreditam na política, mas não nos partidos políticos; reconhecem a importância da coletividade, mas almejam crescer individualmente; buscam transformações, mas são pouco afeitos a rupturas; anseiam por novas idéias, mas são também pragmáticos.
Em resumo, esse é o resultado de uma pesquisa qualitativa feita pela Fundação Perseu Abramo sobre o imaginário social dessa população, que nos últimos anos sentiu o avanço do consumo, do neopentecostalismo e do empreendedorismo popular.
A pesquisa demonstrou uma intensa presença dos valores liberais do “faça você mesmo”, do individualismo, da competitividade e da eficiência.
A conclusão é que esse novo caldo cultural exige renovações tanto na forma como se realiza a política partidária quanto no conteúdo das políticas públicas que se implementam.
A mistura entre valores do liberalismo, do individualismo, da ascensão pelo trabalho e do sucesso pelo mérito, com valores mais solidários e coletivistas relacionadas à atuação do Estado, à universalização de direitos, à ampliação da inclusão social, permeiam a visão de mundo e o imaginário dessa nova classe trabalhadora das periferias de São Paulo.
A íntegra da pesquisa está aqui.
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