O PSol, partido criado por dissidentes do PT, informa Chico Alencar, um dos seus seis deputados federais, não vai apoiar Lula à Presidência da República - isso se lhe for permitido concorrer ao cargo em 2018.
Como se sabe, a candidata do PSol na eleição passada foi a gaúcha Luciana Genro, ex-deputada pelo PT e filha do ex-governador e ex-ministro da Justiça Tarso Genro.
Alencar indicou que seu partido terá candidato próprio para a presidência.
Luciana é nome forte, mas o deputado não deu nenhum sinal de que ela concorrerá ao cargo.
Seja quem for, porém, o candidato do PSol, ele servirá apenas para fortalecer a direita, os golpistas, enfim.
O PSol, por mais barulho que façam seus parlamentares, é um micropartido, e nunca passará disso.
Faz parte da "esquerda vitrine", inconsequente, sem norte, sem nenhum trabalho orgânico nos movimentos sociais e sindicais, com um ou outro nome palatável para a classe média e um discurso vago e cambiante, e dependente da exposição midiática.
Luciana Genro, por exemplo, já deu manifestações públicas de apoio aos fascistas ucranianos.
Chico Alencar compareceu, dias atrás, a um regabofe patrocinado por um dos jornalistas mais antiesquerdas do país, estrela global, e onde alegremente confraternizou com o senador Aécio Neves, golpista de primeira hora.
Parece que todos esses próceres psolistas ainda não digeriram as diferenças que os afastaram do PT no passado e pautam a sua atividade política pelo ódio ao seu ex-partido.
O Brasil passa por um dos mais difíceis momentos de sua história, e o risco de que todas as conquistas sociais dos trabalhadores sejam varridas para a lata de lixo é enorme.
Numa hora dessas, tudo o que os golpistas querem é ver os progressistas divididos.
Lula pode não ser o melhor nome para unir a centro-esquerda brasileira.
Mas qualquer liderança política e social de alguma seriedade não pode pensar em outra coisa a não ser a união das forças democráticas como a principal, e talvez a única, arma para que o Brasil retome o caminho da democracia.
Há uma frase atribuída a Ulysses Guimarães que cabe perfeitamente a essa situação esdrúxula propagandeada pelo deputado Chico Alencar: “Não se pode fazer política com o fígado, conservando o rancor e ressentimentos na geladeira. A pátria não é capanga de idiossincrasias pessoais." (Carlos Motta)
Francamente prezado Motta, eu acho, que a esquerda e a direita existem, mas não no Brasil.
ResponderExcluirO descalabro dos fatos, já nos permite classificar a política nacional em ladrões e antiladrões. E na minha opinião, claro,tem também os "em cima do muro", os "camuflados", os "entocaiados"....Êsses são oportunistas profissionais.
Desejam apenas amealhar as sobras das batalhas.O Psol vai lançar candidato próprio, exatamente para não ter que se unir aos partidos de oposição, já visando uma "boquinha" no golpe dos ladrões.Desprezíveis.