Produção industrial despenca. O Brasil Novo vira pó


O dia começa com uma péssima notícia para o governo golpista, que havia prometido reverter, como num passe de mágica, a crise econômica insuflada por eles próprios em todo o segundo mandato da presidenta Dilma: em outubro, a produção industrial do país,l medida pelo IBGE, caiu 1,1% frente a setembro, na série com ajuste sazonal; na média móvel trimestral recuou 1,5%; e na série sem ajuste sazonal, no confronto com outubro de 2015, a indústria recuou 7,3%, trigésima segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais intensa desde maio de 2016 (-7,4%). 

No índice acumulado de janeiro a outubro, o setor industrial assinalou redução de 7,7%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, mostra recuo de 8,4% em outubro.

É bom lembrar que, normalmente, a produção industrial de outubro já reflete, em parte, as encomendas para as festas de fim de ano. E, pelo que se vê, este será um triste Natal.

A queda de 1,1% da atividade industrial na passagem de setembro para outubro de 2016 teve predomínio de resultados negativos, alcançando todas as quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 24 ramos pesquisados. 


Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por produtos alimentícios (-3,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%), com o primeiro eliminando parte do avanço de 6,3% verificado no mês anterior, e o segundo voltando a recuar depois de crescer 4,7% em setembro, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, que acumularam perda de 11,8%. 

Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de produtos de borracha e de material plástico (-4,9%), de metalurgia (-2,8%), de bebidas (-3,5%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,0%), de máquinas e equipamentos (-2,3%), de indústrias extrativas (-0,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,2%), de produtos de metal (-2,0%) e de celulose, papel e produtos de papel (-1,6%). 

Entre os quatro ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%), segundo resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período expansão de 3,1% e eliminando o recuo de 2,2% observado em agosto.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (-2,2%) e bens intermediários (-1,9%) mostraram as reduções mais acentuadas em outubro, com o primeiro apontando quatro meses consecutivos de queda na produção e acumulando nesse período recuo de 9,5%, e o segundo eliminando o avanço de 0,9% observado no mês anterior. 

Os segmentos de bens de consumo duráveis (-1,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,8%) também registraram taxas negativas nesse mês, com o primeiro devolvendo parte da expansão de 1,7% verificada em setembro, e o segundo marcando o quarto mês seguido de recuo na produção e acumulando perda de 5,4% nesse período.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou queda de 1,5% no trimestre encerrado em outubro de 2016 frente ao nível do mês anterior, acelerando o ritmo de perda frente ao observado em setembro (-1,1%) e agosto (-0,7%), quando interrompeu três meses de resultados positivos consecutivos: maio (0,7%), junho (0,7%) e julho (0,7%). 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 7,3% em outubro, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 22 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e 63,5% dos 805 produtos pesquisados. 

No índice acumulado para o período janeiro-outubro de 2016, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 7,7%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 65 dos 79 grupos e 72,2% dos 805 produtos pesquisados apontaram redução na produção.

Entre as atividades, indústrias extrativas (-12,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-15,8%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,3%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, na primeira; automóveis, caminhões e autopeças, na segunda; e óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica, na terceira. 

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de máquinas e equipamentos (-13,9%), de produtos de minerais não-metálicos (-11,7%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-19,5%), de metalurgia (-7,5%), de outros equipamentos de transporte (-21,8%), de produtos de metal (-10,7%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,7%), de produtos do fumo (-25,5%) e de móveis (-12,6%). 

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os dez meses de 2016 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-17,5%) e bens de capital (-14,4%), pressionadas, especialmente, pela redução na fabricação de automóveis (-16,8%) e de eletrodomésticos (-17,8%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (-15,3%) e para fins industriais (-11,7%), na segunda. 

Os segmentos de bens intermediários (-7,4%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-3,6%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado do ano, com o primeiro registrando recuo ligeiramente abaixo da magnitude observada na média nacional (-7,7%), e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.

Comentários

  1. Os golpistas são gente acostumada a ganhar(e muito) sem trabalhar. Ocorre que o País, não é uma repartição pública. Se não trabalhar e não produzir, acaba. Nem essa noção os golpistas têm. Vão ser burros assim na..... Lá mesmo!

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