Os mais velhos, como eu, certamente se lembram daqueles meninos riquinhos que não jogavam nada, mas eram os donos da bola, e portanto não podiam ser contrariados, nem mesmo derrotados por outros mais humildes, mas bem mais talentosos.Juiz Sergio Moro diz que artigo veicula 'preconceito e rancor'LAVA JATOLamentável que um respeitado jornal como a Folha conceda espaço para a publicação de artigo como o "Desvendando Moro", e mais ainda surpreendente que o autor do artigo seja membro do Conselho Editorial da publicação. Sem qualquer base empírica, o autor desfila estereótipos e rancor contra os trabalhos judiciais na assim denominada Operação Lava Jato, realizando equiparações inapropriadas com fanático religioso e chegando a sugerir atos de violência contra o ora magistrado. A essa altura, salvo por cegueira ideológica, parece claro que o objeto dos processos em curso consiste em crimes de corrupção e não de opinião. Embora críticas a qualquer autoridade pública sejam bem-vindas e ainda que seja importante manter um ambiente pluralista, a publicação de opiniões panfletárias-partidárias e que veiculam somente preconceito e rancor, sem qualquer base factual, deveriam ser evitadas, ainda mais por jornais com a tradição e a história da Folha.SERGIO FERNANDO MORO, juiz federal (Curitiba, PR)NOTA DA REDAÇÃO - Os artigos publicados na página Tendências/Debates não traduzem a opinião do jornal, que é expressa nos editoriais sem assinatura da pág. A2.
O nosso juiz curitibano, nas poucas e mal traçadas linhas - que português mal escrito! - que enviou à Folha desnudou-se completamente.
Se não estivesse, neste momento de sua vida, fazendo o papel sujo que lhe reservou a plutocracia nacional, poderia, muito bem, ser o protagonista de uma peça intitulada, por exemplo, "Pobre Menino Rico" - e que o poeta Vinícius de Moraes me perdoe por abusar de sua genialidade...
Comentários
Postar um comentário