O desastre que representa para o país, em todos os aspectos, o governo golpista, se mostra ainda mas contundente a cada divulgação de um índice econômico.
Hoje é a vez do comércio varejista, que, segundo o IBGE, registrou, em julho, queda de 0,3% no volume, depois de avanço de 0,3% em junho. Os comerciantes têm compensado a diminuição nas vendas com aumento de preços: a receita nominal subiu 0,7% em julho, a quarta taxa positiva consecutiva. As duas comparações são em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais.
No confronto com julho de 2015, na série sem ajuste sazonal, o total do varejo nacional apontou, em termos de volume de vendas, queda de 5,3%, acumulando redução de 6,7% nos sete primeiros meses deste ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com recuo de 6,8% em julho, assinalou a perda mais intensa dessa série histórica (iniciada em 2001) para essa comparação. Para esses mesmos indicadores, a receita nominal de vendas prossegue sinalizando com variações positivas: 6,7% frente a julho de 2015, 4,9% para o acumulado no ano, e 3,7% no acumulado dos últimos 12 meses.
O comércio varejista ampliado (varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção) registrou variação de -0,5% em relação ao mês imediatamente anterior (série com ajuste) para o volume de vendas, enquanto a receita nominal, com taxa de 0,7%, permanece no campo positivo pelo terceiro mês consecutivo. Em relação a julho de 2015, o volume de vendas registrou queda de 10,2%. Para as taxas acumuladas, os resultados foram de -9,4% no ano e de -10,3% nos últimos 12 meses.
Os números negativos do comércio ligaram o sinal vermelho nos puxa-sacos dos golpista, os mesmos que, durante muito tempo fizeram campanha contra o governo de Dila Rousseff.
O presidente da SPC Brasil, Roque Pellizzaro, por exemplo, não perdeu tempo na tentativa de suavizar os dados e se mostrar otimista em relação a um futuro que, qualquer pessoa com dois neurônios sabe, será desastroso ao Brasil.
Suas declarações, via release, são patéticas e mostram o quanto o coral dos "homens de bem" está desafinado:
“Enquanto alguns dados já mostram a saída do pior momento da recessão econômica, com especial destaque para confiança e,em menor medida a produção industrial, outros ficarão patinando em um patamar neutro até que sejam puxados pela volta do emprego e da renda. Este é o caso das vendas no varejo. Nesta atual fase de estabilização da economia são esperados comportamentos erráticos de algumas variáveis, em especial daquelas que demoram mais a reagir. No entanto, se novas pioras forem confirmadas nos próximos meses isso poderá implicar perspectiva de recuperação mais lenta do que esperado.” (Carlos Motta)
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