Em julho, assim como no mês anterior, as contas externas do Brasil registraram déficit. Mais precisamente, o resultado negativo foi da ordem de US$ 4,050 bilhões. O resultado é melhor que o de julho de 2015, quando foi de US$ 5,684 bilhões. Cabe destacar que o resultado de julho mostra uma agudização dos resultados das contas externas que vinham apresentando evolução positiva até maio deste ano. No entanto, é importante destacar que se trata do menor déficit para o mês desde 2009. Uma análise do acumulado do ano mostra que o déficit nas transações correntes soma US$ 12,541 bilhões.
As transações correntes ou contas externas são compostas pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior), e é um dos principais meios para avaliar o setor externo brasileiro.
Assim, é importante destacar que uma contenção da piora das transações correntes tem sido pautada pelo resultado da balança comercial. Em julho, a balança comercial ficou positiva em US$ 4,327 bilhões. No acumulado do ano, o saldo está positivo em US$ 26,680 bilhões frente a US$ 3,899 bilhões nos sete primeiros meses de 2015.
No entanto, dada a forte valorização da moeda brasileira em curso, a balança comercial deve incorrer em resultados mais modestos, com impacto negativo sobre as contas externas. É preocupante o resultado que pode se desdobrar nos próximos meses advindos de uma nova onda de sobreapreciação do Real. Isto porque quanto maior o déficit nas contas externas, maior a vulnerabilidade externa do país. (Igor Rocha, economista/Fundação Perseu Abramo)
As transações correntes ou contas externas são compostas pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior), e é um dos principais meios para avaliar o setor externo brasileiro.
Assim, é importante destacar que uma contenção da piora das transações correntes tem sido pautada pelo resultado da balança comercial. Em julho, a balança comercial ficou positiva em US$ 4,327 bilhões. No acumulado do ano, o saldo está positivo em US$ 26,680 bilhões frente a US$ 3,899 bilhões nos sete primeiros meses de 2015.
No entanto, dada a forte valorização da moeda brasileira em curso, a balança comercial deve incorrer em resultados mais modestos, com impacto negativo sobre as contas externas. É preocupante o resultado que pode se desdobrar nos próximos meses advindos de uma nova onda de sobreapreciação do Real. Isto porque quanto maior o déficit nas contas externas, maior a vulnerabilidade externa do país. (Igor Rocha, economista/Fundação Perseu Abramo)
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