Um viva à Vivo!

A eficiência do setor privado me deixa atônito.

Não há palavras para descrever o quanto as nossas empresas são modernas, competentes e interessadas em oferecer aos seus clientes o melhor serviço, o produto mais íntegro.

Claro que, quando em vez, surgem alguns contratempos, mas nada que abale a confiança que nós, brasileiros, cidadãos e consumidores, temos em nossos empreendedores.

Bobagem, coisa pequena, sem importância, a Vivo ativar todos os dias, sem eu ter pedido, o serviço de internet 30 MB, que posso utilizar, vejam só que maravilha, até às 23h59.

Tudo bem que tenho uma linha celular pré-paga que raramente uso e  que abasteço de créditos somente quando a simpática operadora me lembra que a validade deles vai expirar dali a poucos dias.

Afinal, a gente sabe que a Vivo, como informa a doce moça do telemarketing que liga para mim na modorrenta tarde de sábado, está sempre pensando em nos oferecer vantagem sobre vantagem.

Ah, e ela ainda avisa que a nossa conversa está sendo gravada, para a minha "proteção"...

Mas a Vivo é uma companhia gigantesca. 

Pequenos erros são, portanto, perfeitamente admissíveis.

E quando se trata de uma empresa é menor, como, por exemplo, a Telenor Telecom, aqui de Serra Negra, a gente tem de entender que ela não tem culpa se fornece uma internet com a velocidade daqueles antigos modems discados - quanta saudade! - quando o nosso contrato estipula uma banda larga de 7 megas. 

Afinal, convenhamos, o capitalismo à brasileira perdoa todos esses pecadilhos.

Temos os mais arrojados "empreendedores", os mais aptos executivos, os profissionais mais antenados com tudo o que de ótimo nos chega do Hemisfério Norte.

O capitalismo caboclo só não absolve os tolos que não seguem a sua lei pétrea, aquela que diz que o importante é levar vantagem em tudo. (Carlos Motta)

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