Padrão de consumo das famílias se alterou no período 2000 - 2013

Texto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) discute o consumo das famílias brasileiras no período entre 2000 e 2013. Segundo os autores, o padrão de consumo dos brasileiros se alterou nesse período de crescimento econômico e distribuição de renda, com maior peso adquirido pelo consumo de bens industrializados, em especial bens duráveis (automóveis e eletrodomésticos). 

Contudo, o maior consumo das famílias não resultou, pelo menos relativamente, em um maior consumo de serviços, exceto por um pequeno aumento no setor serviços de alojamento e alimentação.

O estudo mostra claras diferenças no padrão de consumo por faixas de renda: nas faixas mais baixas, há uma proporção maior de gastos em alimentos e produtos básicos, os quais, nos domicílios de alta renda, tendem a migrar para serviços (especialmente intermediação financeira, serviços prestados às famílias e educação), além de bens duráveis.

Ainda, apesar de a proporção de domicílios de baixa renda ter diminuído consideravelmente nesse período pelo aumento da renda e redução da pobreza, sua participação no consumo total se elevou, como mostra o gráfico abaixo. 

As faixas de renda (em reais de 2003) são definidas pelos autores como: i) menos de R$ 400,00; ii) entre R$ 400,00 e R$ 600,00; iii) entre R$ 600,00 e R$ 1.000,00; iv) entre R$ 1.000,00 e R$ 1.600,00; v) entre R$ 1.600,00 e R$ 3.000,00; e vi) mais de R$ 3.000,00.



Os autores atribuem esse aumento do consumo dos domicílios na faixa 1 não só ao aumento da renda, mas também do crédito. (Ana Luíza Matos de Oliveira, economista/Fundação Perseu Abramo)

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