Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio varejista (restrito) brasileiro registraram crescimento de 0,5% em abril. Em março, o recuo havia sido da ordem de 0,9%. Quando comparado com abril de 2015 o volume de vendas do varejo recuou 6,7%, ou seja, a décima terceira taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a pior da série iniciada em 2000. O varejo restrito acumula contração de 6,9% no ano e 6,1% nos últimos doze meses. Tal variação positiva na margem foi influenciada particularmente por produtos alimentícios, bebidas e fumo (1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%); tecidos, vestuário e calçados (3,7%).
No entanto, no varejo ampliado, mais completo por incluir outros setores como de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as vendas apresentaram queda de 1,4% no mês de abril. Trata-se do pior resultado desde 2010. Este desempenho negativo se deu sobretudo pela queda das vendas de veículos (-6,6%) e materiais de construção (-4%). O varejo ampliado acumula contração de 9,3% no ano e de 9,7% nos últimos doze meses.
Os resultados, conforme apresentados, não deixam claro uma tendência de retomada da economia brasileira. Com um mês, o governo interino não pautou mudanças positivas para sociedade. A reversão favorável das expectativas de investimento defendida por empresários apoiadores do impeachment não se cristalizou. Na realidade, paira uma crise de confiança que afeta o consumo e o investimento. Uma verdadeira recuperação aguarda uma política econômica comprometida com o crescimento sustentável que se ajuste ao ciclo econômico. Ou seja, uma política que não seja recessiva como a defendida pelo governo interino. Nesta, a estabilidade cambial e a redução das taxas de juros se mostram pilares fundamentais. (Igor Rocha, economista/Fundação Perseu Abramo)
No entanto, no varejo ampliado, mais completo por incluir outros setores como de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as vendas apresentaram queda de 1,4% no mês de abril. Trata-se do pior resultado desde 2010. Este desempenho negativo se deu sobretudo pela queda das vendas de veículos (-6,6%) e materiais de construção (-4%). O varejo ampliado acumula contração de 9,3% no ano e de 9,7% nos últimos doze meses.
Os resultados, conforme apresentados, não deixam claro uma tendência de retomada da economia brasileira. Com um mês, o governo interino não pautou mudanças positivas para sociedade. A reversão favorável das expectativas de investimento defendida por empresários apoiadores do impeachment não se cristalizou. Na realidade, paira uma crise de confiança que afeta o consumo e o investimento. Uma verdadeira recuperação aguarda uma política econômica comprometida com o crescimento sustentável que se ajuste ao ciclo econômico. Ou seja, uma política que não seja recessiva como a defendida pelo governo interino. Nesta, a estabilidade cambial e a redução das taxas de juros se mostram pilares fundamentais. (Igor Rocha, economista/Fundação Perseu Abramo)
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