Outro dia desses alguém com quem conversava referiu-se à presidenta Dilma como "aquela louca".
Perguntei por que ele achava que ela era "louca".
Não soube responder.
De qualquer forma, ficou barato para a presidenta ser chamada de louca nessa conversa.
Afinal, nas redes sociais e mesmo em alguns ambientes públicos há uma parcela de brasileiros que prefere qualificá-la por outros nomes, a maioria impublicável.
É certo que essa gente estaria mais confortável se fosse medicada com aqueles comprimidos acondicionados em caixinhas com tarjas pretas.
É certo também que, provavelmente, nenhuma dessas pessoas saberia explicar porque os termos "petista", "comunista" e "vaca", entre outros preferidos para se referir à presidenta, podem ofender alguém.
Petista nada mais é que o filiado ou simpatizante de um partido que lutou pela democracia no Brasil, quando estava fora do poder, e, nele, conseguiu a façanha de tirar mais de 30 milhões da miséria - um feito considerável na história deste triste país.
Comunista, pelo menos para mim, é um grande elogio: adoro quando dizem que sou um deles.
Já a vaca, vale lembrar, é um animal que só tem ajudado a humanidade - na Índia, é sagrado.
A presidenta Dilma, creio, se ofenderia muito mais se fosse chamada de outras coisas.
Frouxa, por exemplo.
Ou então, covarde. (Carlos Motta)
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